Quando se trata de conectar redes remotas em uma infraestrutura de comunicação empresarial, as VPNs (Virtual Private Networks) desempenham um papel fundamental. Elas permitem a criação de conexões seguras e privadas através de redes públicas.
Duas das opções mais comuns para implementar VPNs em uma organização são as L2VPN (Layer 2 VPN) e L3VPN (Layer 3 VPN). Embora ambas atinjam o objetivo de conectar redes remotas, elas diferem em suas abordagens e funcionalidades.
Neste artigo, exploraremos as diferenças entre L2VPN e L3VPN, para que você possa tomar uma decisão informada sobre qual opção é mais adequada às necessidades da sua rede.
L2VPN (Layer 2 VPN)
Uma L2VPN, como o nome sugere, opera na camada 2 do modelo OSI (Open Systems Interconnection), que é a camada de enlace de dados.
Ela permite a extensão de redes locais (LANs) através de uma rede de longa distância (WAN) ou da Internet, mantendo a transparência da camada 2.
Em outras palavras, uma L2VPN fornece um túnel virtual para transportar tráfego Ethernet entre sites remotos.
Isso significa que as redes conectadas por uma L2VPN podem ser configuradas como se estivessem na mesma LAN física, permitindo a transmissão de broadcasts e o uso de protocolos de camada 2.
Exemplos de tecnologias usadas em L2VPN incluem Virtual Private LAN Service (VPLS) e Ethernet VPN (EVPN).
L3VPN (Layer 3 VPN)
Enquanto a L2VPN opera na camada 2, a L3VPN trabalha na camada 3 do modelo OSI. Em vez de estender uma LAN, uma L3VPN estabelece conectividade entre sub-redes ou redes locais, permitindo a comunicação de pacotes IP entre sites remotos.
Ela utiliza roteamento para encaminhar o tráfego entre os locais conectados, o que significa que as redes conectadas por uma L3VPN são tratadas como redes separadas e distintas.
O L3VPN utiliza protocolos de camada 3 (como o protocolo IP) para transportar o tráfego entre as redes, o que significa que ele roteia o tráfego com base no endereço IP dos dispositivos.
Isso permite que o L3VPN forneça uma solução mais flexível para conectar diferentes tipos de redes, mas também significa que ele é mais complexo e consome mais recursos do que o L2VPN.
Um exemplo comum de utilização de L3VPN é quando uma empresa possui várias filiais ou escritórios localizados em diferentes cidades ou países e deseja interconectá-los em uma rede unificada.
Nesse caso, a empresa pode optar por implementar uma L3VPN para fornecer conectividade entre essas redes.
L2VPN vs. L3VPN
A escolha entre L2VPN e L3VPN depende das necessidades e objetivos da empresa. Se a empresa precisa apenas conectar dispositivos em uma LAN, o L2VPN é a escolha mais adequada, pois é mais simples e eficiente.
No entanto, se a empresa precisa conectar diferentes tipos de redes geograficamente distantes, o L3VPN é a escolha mais adequada, pois é mais flexível e pode rotear o tráfego com base no endereço IP.
Por outro lado, se a demanda é apenas utilizar uma rede privada em computadores de funcionários remotos existem diversos aplicativos VPN gratuitos em português que podem realizar este serviço de forma prática e sem grandes complicações.
Por fim, existem soluções alternativas para obter um determinado protocolo VPN em execução em um L2VPN ou L3VPN e a expansão de cada tipo de rede é viável com tempo suficiente em recursos.
Embora, por padrão, um L3VPN não ofereça o mesmo nível de segurança e criptografia implementado por um L2VPN rodando sobre IPSEC, por exemplo, é possível proteger conexões entre dispositivos PE.
Qual deve ser sua escolha?
A principal diferença entre os dois tipos de VPNs é o controle. Se um usuário deseja definir suas próprias políticas de rede, executar seu próprio roteamento e não revelar muito sobre a topologia de suas várias redes privadas, o L2VPN é a melhor opção.
Se um usuário está menos preocupado com o controle e mais preocupado em garantir que todos os sites possam se comunicar e compartilhar recursos da maneira mais eficiente possível, o L3VPN provavelmente é a melhor opção.
Oferecer ao provedor controle sobre o roteamento traz vários benefícios, incluindo a maximização da largura de banda, suporte para serviços como conferência de voz e vídeo e, o mais importante, o usuário/cliente não precisa definir suas próprias políticas e protocolos de rede.
Em resumo, cada modelo de VPN tem seus próprios prós e contras. A razão pela qual ambos existem é porque não há uma camada “certa” para escolher ao implementar uma VPN, apenas o que é certo para você.
Se você depende de um provedor terceirizado para sua VPN (especialmente ao usar uma VPN gratuita) certifique-se de perguntar qual modelo eles seguem antes de configurar seu sistema.