O designer e roteirista da franquia Baldur’s Gate, James Ohlen, revelou que se preparou para seu trabalho na BioWare jogando um total de 20.000 horas de Dungeons & Dragons, tornando-se um verdadeiro especialista no assunto. Essas 20.000 horas equivalem a 833 dias de jogo, um compromisso que levou vários anos para ser alcançado.
Ohlen explicou que nos anos 90, ele jogava campanhas de D&D com três grupos diferentes de jogadores e praticamente não tinha vida social fora do mundo do RPG de mesa. Ele atribui muito do que construiu em sua carreira e vida pessoal às experiências proporcionadas pelo D&D: “Acredito que, quando fui contratado pela BioWare, eu tinha completado 20.000 horas de prática em masmorras. Era ridículo. Devo muito ao D&D. Minhas amizades, minha carreira e minha estabilidade mental.”
Essa conquista de Ohlen se alinha com a “regra das 10.000 horas”, estabelecida pelos psicólogos Herbert Simon e William Chase, que sugere que um determinado tempo de prática, pelo menos 10.000 horas no caso de mestres de xadrez, é mais importante do que o talento inato para se tornar um especialista em qualquer campo.
No entanto, não foram apenas as horas dedicadas que fizeram a diferença na criação de Baldur’s Gate e suas sequências. Ohlen revelou que o co-fundador da BioWare encorajou-o a trazer seus personagens de RPG de mesa para o universo que estavam criando, acrescentando profundidade e personalidade aos personagens do jogo. Esses personagens, como Minsc e Boo, Edwin e o vilão Jon Irenicus, originaram-se das campanhas de D&D de Ohlen e contribuíram significativamente para o lore da franquia Baldur’s Gate.