“Ou se morre como herói, ou vive-se o bastante para se tornar o vilão”. Esta frase marcante do próprio Batman, poderia facilmente representar Joaquin Phoenix, astro que quase deu vida ao Homem-Morcego nos cinemas, mas que acabou caindo de cara na insanidade do Coringa.
O Vigilante de Gotham é sem sombra de dúvidas, uma das figuras mais marcantes da história do entretenimento, e sua trajetória é marcada por reformulações, diversas animações e rostos que o representaram ao longo dos anos na TV e nos cinemas, incluindo produções que talvez nunca vejam a luz do dia, como é o caso do diretor Darren Aronofsky.
No início dos anos 2000, Aronofsky ofereceu uma ideia à Warner Bros. para uma tremenda história do Batman nas telonas. O cineasta gostaria de apresentar uma adaptação de Ano Um, icônica história de Frank Miller baseada na origem do Cavaleiro das Trevas. O título já tinha tudo para receber seu sinal verde: esboços, um ator para chamar de seu (Joaquin Phoenix) e um roteiro pra lá de sombrio, menos a aprovação do estúdio.
De olho em Phoenix após sua indicação ao Oscar como “Melhor Ator Coadjuvante”, por sua performance em Gladiador, Darren Aronofsky achava impecável a capacidade de seu astro escolhido em encarnar os mais diversos e complexos papeis, o que se encaixaria perfeitamente bem no homem à sombra de seus demônios internos: o Batman.
Qual foi o problema da Warner com o Batman de Joaquin Phoenix?
Em entrevista à revista Empire, Aronofsky abriu o jogo sobre o motivo da Warner recusar suas ideias para uma reformulação do Batman, citando que além do estúdio não simpatizar com sua visão melancólica e mais grotesca do herói, a empresa gostaria de um astro mais “carismático”, à la Freddie Prinze Jr. – sim, o Freddie dos live-actions de Scooby-Doo.
“Me lembro de pensar: ‘Caramba, estamos pensando em filmes completamente apostos aqui'”, relembrou o cineasta, que ressaltou o quanto lutou para que sua visão do Homem-Morcego com estrelato de Joaquin Phoenix, fosse para além de negociações.
Infelizmente, o final dessa história já está claro. O longa-metragem baseado em Ano Um nunca passou de uma ideia, e anos mais tarde, felizmente, Christopher Nolan surgiu com sua aclamada trilogia de Cavaleiro das Trevas, que até os dias atuais, é considerado uma das melhores adaptações do personagem.
Coincidentemente, anos depois, Joaquin Phoenix conseguiu um espaço na DC, e não como o Batman, mas como o seu maior rival, o Coringa, que que já seque atualmente para seu segundo filme nos cinemas como o vilão, ao lado de Lady Gaga como Arlequina. Além disso, o astro está programado para retornar aos cinemas em breve com Napoleão, cinebiografia do figurão título.