Convidado do podcast Calcinha Larga, no Spotify, Marco Pigossi comentou sobre sua orientação sexual e medo que sentia, antes de assumir a homossexualidade publicamente. O ator relatou, durante a conversa, que preferiu se preservar emocionalmente.
“Sempre usufruí desse ‘privilégio do armário’, as pessoas são sabiam. Me descobri gay muito cedo e veio uma fama muito grande pra mim também. Eu era conhecido, mas tinha o peso da coisa do armário“, disse ele. O artista afirma que sempre foi visto como galã.
“Tinha a coisa do galã. Então, sair do armário, para mim, não era para minha mãe e para os meus amigos. Era para milhões e milhões de pessoas. Isso tomou uma proporção tão grande…E eu me escondi dentro desse privilégio, dentro desse armário, por muitos anos porque eu não tinha condição, tinha muito pânico de qualquer coisa acontecer“.
Marco Pigossi tinha medo de sua carreira na TV
O artista revelou, também, que usufruía de privilégios de um homem “heterossexual”, mas tinha medo do que poderia acontecer com sua carreira na TV: “Não é que “ai, vou sair do armário mas ali no meu escritório de advocacia ninguém sabe”, entende? Era uma coisa que era nacional. Eu nunca vou conseguir sentir o que a Erika (Hilton, deputada trans) sentiu”.
Marco continuou: “Cada um tem o seu processo nesse lugar (…) Sempre usufruí desse ‘privilégio do armário’“. Ele ainda disse que sentia que tinha uma dívida com a comunidade LGBTQIA+, e resolveu dar vida ao documentário “Corpolítica”, onde trata das candidaturas de comunidades nas eleições municipais do Rio de Janeiro, em 2020.