Michel Koch, diretor de Life is Strange na Dontnod Entertainment, compartilhou em uma entrevista seu desejo de transformar os jogos da série em um universo mais expansivo. No entanto, ele destacou que a Square Enix, detentora da propriedade intelectual, não concedeu total controle sobre a criação dos jogos, limitando a capacidade do estúdio de desenvolver conexões complexas e sequências entre eles.
O primeiro Life is Strange conquistou mais de 20 milhões de jogadores, mas Koch admitiu que inicialmente não concebeu o jogo com a ideia de uma continuação. A dificuldade em expandir a história surgiu porque o game foi criado como algo fechado. Contudo, diante do sucesso, a Square Enix solicitou uma sequência, resultando em Life is Strange 2 e a introdução de vínculos interessantes com o universo original.
Apesar da vontade de expandir ainda mais o universo da série, Koch expressou a necessidade de maior controle sobre os projetos, algo que a Square Enix, como detentora da IP, não permitiu. Ele afirmou que gostaria de ter mais liberdade para explorar caminhos narrativos e desdobramentos complexos entre os jogos, mas reconheceu a gratidão pela oportunidade concedida pela publisher, sem a qual Life is Strange nem mesmo existiria.
Atualmente, a DontNod está envolvida no desenvolvimento de Lost Records: Bloom & Rage, um jogo que promete servir como a fundação de um possível universo expandido. Koch vislumbra construir a narrativa expansiva que sempre desejou para Life is Strange, agora com total liberdade criativa, aumentando a complexidade da trama e suas conexões.
Apesar do suporte da Square Enix, Koch revelou que a empresa tinha seus próprios planos para a IP, incluindo a contratação de autores para escrever HQs e a elaboração de estratégias para expandir o universo do jogo.
Resta agora aguardar para ver se o próximo jogo da Dontnod, com sua visão mais livre e expansiva, conseguirá alcançar o mesmo sucesso cativante da franquia, especialmente o impacto emocional do primeiro título com Max e Chloe.