O filme “E.T. – O Extraterrestre” retorna aos cinemas IMax neste mês, em comemoração aos 40 anos de lançamento. O longa é uma clássica história que encanta há gerações e sua fórmula ainda se faz interessante e curiosa mesmo sendo uma produção de 1982. Com a direção de Steven Spielberg o longa acerta em uma história de ficção e fantasia dentro de um drama familiar.
A história mostra a amizade do ET com Elliot (Henry Thomas), um garoto que encontra e protege a criatura de ser capturado por cientistas. Nesse processo, ele conta com a ajuda dos irmãos para encontrar uma maneira do extraterrestre encontrar sua casa e constrói uma conexão intensa com o ser.
Por abordar uma ficção alienígena, o longa se classifica como um dos clássicos de Halloween, principalmente pela comemoração fazer parte de um importante gancho da história. O roteiro expressa uma aventura fantasiosa que agrada o telespectador por conseguir versar entre um suspense e um drama intrigante. Sem fórmulas previsíveis, o filme surpreende e se mostra para além do seu tempo.
Considerando a tecnologia disponível no período em que ele foi produzido, pode-se considerar a obra como um marco na maneira de se fazer produções na indústria cinematográfica. Os grandes desafios foram alcançados com sucesso, dentre eles se encontram os efeitos especiais arriscados para a época e a dinâmica entre crianças lidando com uma gravação repleta de imaginação e de elementos que só puderam ser colocados na edição.
Quanto a isso, os atores merecem um grande destaque, pois eles são um dos principais motivos do filme conseguir encantar até os dias de hoje. As expressões completamente reais e os nítidos sentimentos transpassados através das dinâmicas entre eles, tornam a magia do filme real. Tal notoriedade impressiona principalmente por serem novos, Henry Thomas, Robert MacNaughton e Drew Barrymore são o trio protagonista que contribuem para tal situação.
Em especial, a pequena Drew que dá vida a Gertie, arranca grandes risadas do telespectador e envolve o público com seu sentimentalismo sincero. Nos bastidores, a atriz acreditava que o ET era real e chegava a cobri-lo com cachecol para que não passasse frio. Além disso, os colegas de elenco contaram que ela improvisou algumas falas icônicas, como o “me dê um tempo”, quando o irmão diz que apenas crianças conseguem enxergar a criatura.
O jeito Spielberg torna “E.T. – O Extraterrestre” especial
Para conseguir entregar um produção diferenciada e mais tocante, o diretor utilizou de uma série de recursos para que o filme fizesse mais sentido também para o público infantil. Dessa forma, ele consegue trazer um drama familiar que toque as crianças, mas que ao mesmo tempo não fique massante para as que vão assistir.
Tal estrutura também é vista no storytelling que o longa apresenta, por abordar ciência, espaço, universo e seres extraterrestres, ele analisa a linguagem de uma forma que o filme fique interessante e de fácil acesso, é compreensível e envolvente. Não há um nível de dificuldade absurdo para ser entendido e ao mesmo tempo não apresenta uma história simples e superficial de ser contada.
Uma das técnicas utilizadas por Steven, envolve o fato dele ter rodado boa parte do filme no nível do olhar de uma criança. Dessa forma, ele quis focar na conexão que o ET tem com Elliot. Ao finalizar a obra, é possível enxergar que tal dinâmica obteve grande eficiência em sua execução.
“E.T.” é um filme para toda a família, que agrada a crítica especializada e também, os telespectadores que apenas buscam uma história por diversão e entretenimento. É um longa que avança os dramas naturais e aposta com sucesso em uma ficção científica envolvente, que continua encantando a todos que assistem, mesmo após 40 anos de lançamento.