“Indiana Jones e a Relíquia do Destino” é um dos filmes mais esperados neste ano. A saga marcou gerações e o último longa vem trazer um desfecho para as inúmeras aventuras da famosa figura que percorre pela história em busca de justiça e atrás de novos mistérios.
Para entender o que se trata nessa trama e os pontos de nostalgia que foram os melhores momentos da produção, é necessário antes acompanhar: “Indiana Jones: Os Caçadores da Arca Perdida” (1981), “Indiana Jones e o Templo da Perdição” (1984), “Indiana Jones e a Última Cruzada” (1989) e “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” (2008).
O novo filme é conhecido por sua mistura de ação emocionante, aventura e elementos sobrenaturais, além do carismático protagonista vivido por Harrison Ford. No entanto, o mais recente capítulo da franquia falha em capturar o mesmo brilho e entusiasmo que seus predecessores trouxeram para as telas. O próprio personagem principal deixa a desejar em alguns momentos.
Uma das maiores falhas do filme está no desenvolvimento dos personagens. Indiana Jones, que já foi um ícone do cinema de ação e aventura, parece desinteressado e desgastado. O carisma e a energia que Harrison Ford trazia para o papel anteriormente parecem ter se dissipado. As motivações de Jones não são claras, e suas interações com os outros personagens são superficiais e desprovidas de uma narrativa profunda que impacte o telespectador.
A atriz Phoebe Waller-Bridge é o verdadeiro destaque na produção. Parece que o protagonismo foi transportado para Helena Shaw, por possuir um carisma sagaz e deixar seus objetivos claros ao longo da trama. A atriz entrega uma personagem envolvente, impecável e com certeza é o ponto principal da trama.
Além disso, o roteiro sofre com diálogos fracos e clichês. As piadas e os momentos de humor, que costumavam ser pontos altos da franquia, caem no comodismo e não conseguem arrancar mais do que um sorriso forçado do público. As reviravoltas são previsíveis e faltam surpresas e momentos emocionantes de tirar o fôlego que são recorrentes nos outros.
“Indiana Jones 5” não surpreende como o esperado
Os efeitos visuais são decentes, mas não se destacam em um cenário cinematográfico onde produções de alto nível estão se tornando cada vez mais comuns. O CGI dos flashbacks são surpreendentes e isso movimenta bem a inserção e aceitação desse universo. Porém, era esperado que ele conseguisse entregar mais força na obra como um todo.
Apesar da promoção de surpreender por ser o último filme da franquia após anos, falta originalidade, entusiasmo e um senso de aventura genuíno. Os fãs da série podem se decepcionar ao ver um ícone do cinema tão querido cair em uma trama sem inspiração.
Talvez seja hora de Indiana Jones guardar o chapéu e o chicote e se aposentar de vez, deixando as lembranças de suas aventuras passadas permanecerem intocadas como tesouros do cinema. Ou então dar voz a novas oportunidades e personagens como a própria Helena Shaw.