Você sabe quem é Masao Maruyama? Ele fundou três importantes estúdios de anime, a Madhouse (cofundador), o MAPPA e o Studio M2, lançou as carreiras de Mamoru Hosoda, Satoshi Kon e outros, além de ter sido um dos protegidos de Osamu Tezuka, que é ninguém menos que o pai do anime, o deus do mangá, e o pai do anime shoujo.
Então, se existe alguém que conhece bem a indústria do anime, com certeza é Maruyama e ele acredita que o comercialismo é uma grande ameaça para a mídia no futuro. Segundo ele: “No Japão, as pessoas não são mais treinadas em animação. A única razão pela qual a China ainda não alcançou o Japão é por causa de um monte de restrições impostas à liberdade de expressão lá.”
É inegável que a China tem muito conteúdo incrível quando pensamos em quadrinhos, light novels e doramas. Apesar das animações chinesas não serem tão populares quanto as japonesas, elas estavam começando a crescer nos últimos anos, mas o governo do país voltou a reprimir fortemente essas mídias recentemente.
O anime comercializável
Ainda segundo Maruyama: “Se mais liberdade for liberada, o Japão será ultrapassado em pouco tempo.” De acordo com o site Otaku USA:
“O atual governo chinês tem reprimido cada vez mais a liberdade de expressão e isso afetou seus programas de TV e filmes – bem como se programas de TV e filmes estrangeiros não são permitidos na China. Ao mesmo tempo, a China está investindo muito dinheiro em seus animadores. O Japão tem mais liberdade, mas isso não significa que os estúdios estão dispostos a usá-la. Maruyama não gosta de como os estúdios de anime estão lançando fórmulas comercializadas que devem ser apenas geradoras de dinheiro. Às vezes, esses animes vão bem, mas impedem o Japão de cultivar talentos reais.”
O que você acha da opinião de Maruyama? Será que no futuro veremos os desenhos chineses batendo de frente com os animes e se espalhando pelo mundo? Sabemos que criatividade é algo que não falta nas histórias criadas na China, então, esse futuro é possível? (Via Otaku USA).