O novo anime original da Netflix, Cyberpunk – Edgerunners, já está disponível na plataforma, tendo estreado hoje, dia 13 de setembro. Após lançar trailers e pôsteres alucinantes, cheios de luzes, ação e violência, muitos ficaram interessados na produção, incluindo sites referência para a cultura pop. E, aparentemente, ele não decepcionou, e está sendo considerado por alguns o melhor anime original já lançado pela Netflix até hoje.
Segundo o site Comic Book:
“a década de 1980 foi uma época selvagem dentro do meio anime, com filmes como Akira, Demon City Shinjuku, M.D. Geist, Vampire Hunter D e Wicked City sendo apenas alguns exemplos de filmes que mergulharam na animação, mundos repletos de violência e nudez. Cyberpunk – Edgerunners parece o sucessor espiritual dessas propriedades, apresentando um mundo de avanço tecnológico que também está atolado em decadência e, ao abraçar esse cenário, ocupa o primeiro lugar para propriedades originais de anime da Netflix.”
Cyberpunk – Edgerunners e Cyberpunk 2077
Esqueça o jogo que foi usado de base para o anime, pois a obra da CD Projekt, Cyberpunk 2077, não tem ligação direta com a animação. Por isso, não deixe que o videogame problemático o impeça de assistir a Cyberpunk – Edgerunners. Além disso, mesmo que o anime use os conceitos do jogo, você não precisa ter jogado ele para entender a série. Segundo o site Polygon, o anime consegue ultrapassar o jogo tanto na narrativa como na estética.
“[…] marcas familiares dos designs inspirados em Deus Ex, Blade Runner e Ghost in the Shell de Cyberpunk 2077 permanecem, mas a identidade visual do show ainda parece totalmente própria, e as ideias do Studio Trigger parecem inventivas o suficiente para atualizar esse cenário compartilhado. Está cheio de tanta personalidade idiossincrática que até parece intrusivo quando a marca obrigatória do Cyberpunk aparece no final de cada episódio.” (via Polygon)
Um futuro decadente
Cyberpunk – Edgerunners acompanha a jornada de David, que possui uma tecnologia que o permite se mover na velocidade da luz, devido a um implante de coluna. Após ser expulso da escola e se ver obrigado a entrar em uma gangue de “Cyberpunks”, ele acaba achando neles uma espécie de família disfuncional e passa, junto de seus colegas, a alugar sua tecnologia para realizar trabalhos perigosos.
“Edgerunners consegue equilibrar habilmente o humor e a história niilista chocantemente bem, enquanto também faz com que você torça por David ao longo do caminho.” (via Comic Book)
O anime não tem vergonha de sua ultraviolência, nudez e tecnologia exagerada. Além disso, esse mundo violento de andróides e controle tecnológico não poupa ninguém. Nem mesmo os protagonistas da história estão seguros e muitos deles terão fins trágicos, belamente animados pelo estúdio TRIGGER.
“Mais emocionante ainda é como Trigger imagina uma nova linguagem visual para vários conceitos do jogo, como bullet time, com o qual David é capacitado por meio de um protótipo de implante militar em sua coluna. À medida que ele se move na velocidade da luz, o mundo desacelera e seu caminho através dele é capturado em uma sequência de pós-imagens multicoloridas, fotos de cada quadro anterior de movimento suspenso no tempo.”
Apesar de ser um show de pirotecnia em tela, Cyberpunk – Edgerunners não deixa de ser emocional e crítico a uma sociedade tão dependente da tecnologia. Todos os personagens aqui apresentados são trágicos e estão afundando em meio a uma sociedade que levou o capitalismo a um extremo que desumanizou a humanidade. O anime “consegue encontrar o horror psicológico em pessoas se perdendo em meio a todo o metal, evocando as partes mais sombrias da história estética do gênero“. (via Polygon)
(via Polygon; Comic Book)