Dragon Ball (DB) é uma das maiores e mais amadas franquias de anime no mundo todo. Muitos fãs de anime entraram em contato com as animações japonesas pela primeira vez através de Dragon Ball. Por ser uma franquia bastante antiga, ela tem alguns pontos que não envelheceram bem, como as representações femininas e LGBT.
Apesar do atual mangá e anime Dragon Ball Super estar corrigindo lentamente alguns desses problemas, como introduzir uma super saiyajin mulher, ainda há muito para se fazer. Basta lembrar da representação LGBT decepcionante da franquia.
Em toda a história da franquia, DB teve apenas dois personagens LGBT: General Blue e Otokosuki. Entenda, a seguir, os motivos deles serem péssimos representantes gays no anime/ mangá.
Personagens LGBT em Dragon Ball
General Blue
Até aí, nada de muito grave. No entanto, no episódio “Visitante Estranho” de DB, Blue aparece flertando com um menino chamado Obotchaman. Aqui temos o horrível e errado estereótipo que relaciona homens gays com predadores sexuais e/ ou pedófilos.
O primeiro personagem LGBT da franquia foi o General Blue, de DB. Sua sexualidade é apenas insinuada, quando ele rejeita Bulma, que tenta seduzi-lo. Além disso, depois, Bulma e Kuririn o acusam de ser gay, e ele reage como se estivesse tentando esconder a verdade e, para muitos fãs, isso foi uma confirmação da sexualidade do personagem.
A representação do General Blue é toda construída em torno de estereótipos homossexuais ofensivos. Ele é afeminado; usando palavras em japonesas usadas somente por mulheres; frequentemente ridicularizado; além de ser inspirado em oficiais nazistas.
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Otokosuki
Otokosuki aparece no 28º Torneio Mundial de Artes Marciais em DB. O anime também deixa apenas implícito sua orientação sexual. Durante o torneio, Otokosuki luta contra Trunks e se mostra atraído por ele. Em outro momento, Goten se refere a Otokosuki como “não normal”, obviamente relacionado a sua homossexualidade.
Aqui também temos um personagem estereotipado, que se veste como um membro do Village People, se porta de forma forçosamente afetada e que também aparece agindo de forma predatória.
A culpa é de Akira Toriyama?
Dragon Ball é uma franquia muito antiga e no passado a visão pública de pessoas LGBT era muito diferente de hoje em dia. O público também esperava ver personagens minoritários em filmes, desenhos, séries, etc retratados de forma estereotipada e não realista.
O que Akira Toriyama fez foi retratar personagens LGBT como eram vistos nessa época. Isso não torna essas representações menos erradas, mas é um retrato de como as pessoas pensavam sobre minorias sexuais. Hoje em dia, nada disso é aceitável e o próprio Toriyama tem feito correções em alguns desses erros do passado
Em Dragon Ball Super, temos personagens femininas “melhor” representadas, apesar de estarem longe de serem “bem” representadas. Não temos nenhum personagem gay, mas nada impede que a franquia traga um, dessa vez sem estereótipos e ridicularizações, consertando os erros do passado. Isso só deixaria DB uma franquia ainda mais icônica do que já é. (via CBR)