A estreia de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre enfim finaliza a instável Fase 4 do Universo Cinematográfico da Marvel Studios; a primeira a incluir séries de TV originais do Disney+.
Aproveitando o novo filme de Ryan Coogler, oferecemos um ranking com todos os 7 longas-metragens lançados no cinema durante a Fase 4. Confira também nosso ranking das séries.
7. Thor: Amor e Trovão
O mundo cometeu um grande erro ao abraçar a galhofa de Thor: Ragnarok em 2017, filme que transformou o Deus do Trovão de Chris Hemsworth em um palhaço sem graça. A continuação, novamente dirigida por Taika Waititi, conseguiu selecionar duas das mais emocionantes histórias do Thor em outro festival de piadas bobocas, cenas de ação terríveis e um gigantesco desperdício de potencial no vilão de Christian Bale e o retorno de Natalie Portman como Jane Foster. Uma lástima de filme, e um dos piores do MCU.
6. Eternos
Se o MCU tem um problema de personalidade forte, contratar a vencedora do Oscar Chloé Zhao para comandar um novo filme parecia uma solução ousada e admirável. Porém, por mais que Eternos tenha um cuidado estético notável e uma ambição impressionante, é um filme mal encontrado, com personagens desinteressantes e uma execução que carece do olhar do espetáculo, das cenas de ação e do real coração que a obra almeja encontrar. Ganha pontos pela autoralidade, mas é – por falta de termo melhor – um filme extremamente chato.
5. Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
Trazendo um dos personagens mais obscuros dos quadrinhos da Marvel para os cinemas, Shang-Chi é uma experiência mista. Sua primeira metade, bem focada em artes marciais e lutas elaboradas, é impressionante e muito bem dirigida, com Destin Daniel Cretton e Simu Liu apresentando algumas das sequências de ação mais caprichadas do MCU até então. Porém, a segunda metade do filme cai feio nos elementos fantasiosos e místicos, o que desperdiça o ótimo Mandarim criado por Tony Leung para mais um antagonista descartável e tolo.
4. Viúva Negra
O tão sonhado e adiado filme solo da Viúva Negra de Scarlett Johansson foi um dos grandes blockbusters afetados pela pandemia da COVID-19. Quando o prelúdio enfim chegou ao mundo, o carisma de Johansson e o enfoque mais pessoal em Natasha Romanoff garantiram uma experiência melhor do que o esperado, especialmente pela introdução de Florence Pugh e David Harbour como personagens que constantemente roubam a cena. É lastimável no quesito espetáculo e cenas de ação, mas foi bem eficiente em explorar um lado mais pessoal de sua protagonista.
3. Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
Ryan Coogler tinha um desafio gigantesco com a continuação daquele que é um dos melhores filmes do MCU. Não só era preciso lidar com o sucesso e apresentar novos mundos, Coogler precisa honrar o legado de Chadwick Boseman, após sua inesperada morte em 2020. O resultado é um filme inchado e desequilibrado, onde a proposta de uma experiência de luto e melancolia é poderosa e genuinamente eficiente, mas o épico de guerra contra Namor e Talokan surgem desencontradas. Uma linda homenagem em um filme problemático.
2. Homem-Aranha: Sem Volta para Casa
Mesmo que o tom adolescente do Aranha de Tom Holland seja insuportável e Jon Watts seja o diretor mais sem expressão a trabalhar no MCU, Homem-Aranha: Sem Volta para Casa é uma experiência bem sucedida. A ousadia de se apostar em uma trama de multiverso, com a espetacular ideia de trazer Tobey Maguire, Andrew Garfield e diversos atores de seus respectivos universos garante um fan service sensacional. Não é exatamente bem sucedido como uma peça de cinema, mas vale puramente pela interação genial de seus três aracnídeos.
1. Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
Quando Sam Raimi foi anunciado como diretor do segundo filme do Doutor Estranho, só achei que poderia ser uma piada. Assistindo ao aguardado retorno do maestro do terror este ano, Multiverso da Loucura se mostra como um dos filmes mais bem dirigidos, com mais personalidade e com um surpreendente pé no terror – aproveitando todo o potencial de Elizabeth Olsen como uma vilanesca Feiticeira Escarlate. Não é exatamente a narrativa mais perfeita do mundo, mas o olhar magistral de Sam Raimi ajuda a tapar os buracos e tornar a segunda incursão solo de Stephen Strange como o melhor filme da fraquíssima Fase 4 do MCU.