Uma entrevista recente à Fox News de Kanye West tem dado o que falar nas redes sociais, desta vez se trata de alguns trechos vazados que não foram ao ar onde o rapper faz mais comentários antissemitas.
Em vídeos que a Vice divulgou, o rapper descreve a fundadora da Planned Parenthood, Margaret Sanger, como uma “conhecida eugenia” que criou a organização com a Ku Klux Klan para “controlar a população judaica”.
Sanger tem sido criticada há muito tempo por se aliar a organizações eugenistas e compartilhar algumas de suas visões – que a Planned Parenthood hoje denuncia como “censurável e ultrapassada”.
“Quando digo judeu, quero dizer as 12 tribos perdidas de Judá, o sangue de Cristo, que as pessoas conhecidas como a raça negra realmente são. Esse é o nosso povo. O sangue de Cristo. Esta, como cristão, é a minha crença”.
Em outra parte da entrevista, enquanto discutia os negros julgando uns aos outros, ele disse: “Nós julgarmos uns aos outros sobre o quão brancos poderíamos falar seria como, você sabe, um judeu julgando outro judeu por quão bom eles dançavam ou algo assim”, admitindo que foi um “mau exemplo” com o qual “as pessoas vão ficar bravas”, e depois pediu que a fala fosse editada.
Kanye ainda reclamou que seus filhos frequentavam uma escola que celebra o Kwanzaa, dizendo que preferia que seus filhos “conhecissem o Hannukkah”, pois viria com “engenharia financeira”.
De acordo ainda com a Vice, na mesma entrevista, Kanye afirma que “atores profissionais” interpretando “crianças falsas” foram “colocados em [sua] casa para sexualizar [seus] filhos”.
O rapper também disse alegações de que a Louis Vuitton “matou [seu] melhor amigo”, Virgil Abloh , que trabalhava para a casa de moda de luxo quando morreu de câncer aos 41 anos no ano passado.
Kanye West volta a falar sobre camiseta “White Lives Matter” em entrevista
Ainda na mesma entrevista, desta vez a que foi ao ar, ele cometou novamente sobre a polêmica envolvendo seu desfile na Paris Fashion Week na semana passada, no qual usava uma camiseta escrita “White Lives Matter”.
Polêmica se dá pois a frase usada, se trata de uma “versão” do Black Lives Matter usado para protestar contra a injustiça racial, discriminação e brutalidade policial e foi usada por organizações supremacistas brancas nos últimos anos.
Agora na entrevista, ele admitiu que achou a camisa e sua ideia de usá-la engraçada, “Eu faço certas coisas por um sentimento. Eu apenas canalizo a energia. Parece certo. É usar um instinto, conexão com Deus e apenas brilhantismo – como [a patinadora olímpica desgraçada] Tonya Harding, como ela fez o salto triplo ou o giro triplo; ela estava em tanta prática que quando chegou a hora de ela patinar em um formato competitivo, simplesmente aconteceu“.
“É isso que está acontecendo – é Deus nos preparando para as verdadeiras batalhas. E estamos em uma batalha com a mídia, tipo, a maioria da mídia tem uma agenda sem Deus, e as piadas não estão funcionando – tudo isso, tipo, ‘Oh, você é louco’ e todas essas coisas, eles não funcionam. Porque a mídia também viu travestis acontecerem – mesmo especificamente para mim – e agir como se não estivesse acontecendo. E eles ficam quietos sobre isso”.
O rapper ainda revelou que seu pai, um “ex-Pantera Negra educado”, mandou uma mensagem para ele com uma mensagem que mostrou que também encontrou um lado cômico. “E eu disse: ‘Pai, por que você achou engraçado?’ Ele disse: ‘Apenas um homem negro afirmando o óbvio’”.
Ainda sobre seu pai, West continuou: “Essa foi minha resposta favorita, porque eu continuei pensando… explicação, mas como líder, você faz.’ Então, a resposta para o porquê de eu escrever ‘White Lives Matter’ em uma camisa é porque eles fazem. Essa é a coisa óbvia”.
Questionado sobre por que tal frase pode ser considerada controversa, ele prespondeu: “Porque as mesmas pessoas que nos despojaram de nossa identidade e nos rotularam como uma cor, nos disseram o que significa ser negro e o vernáculo que deveríamos ter”.