Viola Davis relembrou o início de sua carreira como atriz e contou, em conversa com o site britânico The Guardian, e explicou que sentia-se deslocada durante os primeiros quatro anos que passou em Nova York. A atriz de 57 anos fez um desabafo sobre o assunto e falou sobre a experiência em Gâmbia.
“[Era um local] eurocêntrico… sentia que havia vindo com uma paleta errada. Eu era muito grande. Eu era muito negra. Minha voz era muito profunda“, explicou ela, que estudou durante quatro anos na Juilliard School. Davis ainda alegou ser agradecida por conseguir fundos para sua viagem durante os anos 90.
A artista afirmou que a experiência foi transformadora, além de ter se sentido tocada após assistir a uma apresentação de mulheres chamada de “kañeleng”. “Elas estavam apenas gritando; com nenhum objetivo de cantar lindamente. O objetivo era de apenas fazer barulho, para que Deus pudesse ouvir”.
“Se eu não começasse com a paleta do que é a Viola, então não estava fazendo absolutamente nada. Se isso seria ou não recebido pelas massas, eu não poderia controlar. Mas eu poderia controlar isto“, acrescentou Davis.
Viola Davis falou sobre atuar em “A Mulher Rei”
No mês passado, a Sony Pictures divulgou uma pílula inédita de ‘A Mulher Rei’, que estreou nos cinemas do país no dia 22 de setembro. O filme é protagonizado e produzido por Viola, que veio ao Brasil para o lançamento, tem direção de Gina Prince-Bythewood e traz no elenco Thuso Mbedu, Lashana Lynch, Hero Fiennes Tiffin e John Boyega.
Inspirado em eventos reais, ‘A Mulher Rei’ conta a história de Agojie, uma unidade de guerreiras composta apenas por mulheres que lutam para proteger um reino africano. “Em meus sonhos de atriz, eu sempre sonhei com um filme como esse”, diz Viola Davis em um trecho do vídeo liberado no dia 09 de setembro.