“Tive que lutar por esse filme”, diz Viola Davis no ‘Conversa com Bial’

A atriz norte-americana comenta sobre seu mais novo lançamento nos cinemas e sobre livro com história de sua vida

Viola Davis - Foto: Globo
Viola Davis – Foto: Globo

Viola Davis, atriz, produtora e escritora estadunidense, é a convidada do ‘Conversa com Bial’ desta sexta-feira (23/09). Pedro Bial encontrou-se pessoalmente com Viola no Teatro do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, para uma conversa emocionante sobre sua história de vida, contada na biografia “Em Busca de Mim”, e sobre seu mais novo longa, “A Mulher Rei”, o qual produz e protagoniza.

Recém-lançado no Brasil, “A Mulher Rei” conta a história real de um grupo de mulheres guerreiras, lideradas pela general Nanisca, que defendem o reino africano Dahomey de inimigos. “Tive que lutar por esse filme, lutar pelos atores, lutar pelo diretor, lutar até mesmo pela noção de que esta história merecia se tornar um filme, conta Viola.

Viola Davis conversa com Pedro Bial - Foto: Globo
Viola Davis conversa com Pedro Bial – Foto: Globo

“Existe uma noção de que mulheres de pele escura não podem ser protagonistas em sucessos mundiais, e aí esta é uma outra história. Estamos falando de colorismo, e este é o último dos preconceitos aceitáveis. Bom, de repente, tive de estar à frente, eu e meu marido, lutando para esse filme ser feito. Eu, Viola. A tímida e introvertida Viola [referindo-se ao seu comportamento quando criança]. E eu consegui”, adiciona a atriz consagrada com a tríplice coroa de atuação, vencedora dos prêmios Oscar, Emmy e Tony.

Viola Davis comenta sobre história do filme

Sobre a história real por trás do filme, revela: “Essas mulheres eram recrutadas quando tinham entre 8 e 14 anos. Vou repetir: entre 8 e 14 anos. Eu tenho uma filha de 12 anos que estão tentando trata-la como adulta porque ela mede 1,70m. Essas mulheres tinham entre 8 e 14 anos e eram indesejadas. Ninguém as queria, não queriam se casar com elas, então elas eram vendidas para serem Agojie [exército o qual faziam parte]. Para mim, esta é uma história interessante”.

Viola traz ainda sua descendência africana, a experiência de conhecer a África e suas impressões sobre o Brasil, o segundo país em população negra do mundo. “Vejo isso aqui em todos os cantos [herança africana]: nas comunidades, na comida. E, nesse sentido, acho que o Brasil é um solo fértil para pessoas que vão gostar e receber esse filme com amor”, diz.

Redator com passagens pelo MAZE Blog (MTV), Cenapop (UOL), Splash (UOL) e Bolavip Brasil, além de apresentador e roteirista no Canal Cinco Tons, no YouTube. É editor-chefe do Hit Site desde 2022. E-mail: [email protected]