José Loreto está celebrando um marco em sua carreira com o fim da novela “Vai na Fé” e relembrou, durante conversa com a CARAS Brasil, época em que atuou em “O Sétimo Guardião”, em 2019, quando foi alvo de diversas polêmicas e rumores de uma suposta traição quando ainda era casado com Débora Nascimento.
Mesmo com os inúmeros boatos de que teria uma trajetória falida, o famoso fez sucesso em seu papel em “Pantanal”. “Minha vida, tudo à minha volta, desde a pandemia, o fracasso de uma novela e o sucesso, tem sido sempre muito intenso. Nem acho que é uma virada, é o ciclo natural, essa foi minha trajetória. Vou pezinho atrás de pezinho e acho que, correndo atrás, estando preparado, no momento certo as coisas vão acontecendo. E os meus tombos me serviram“. José ainda explicou como esses tombos o ajudam a continuar trilhando seu caminho. “Eles me amadureceram, me fizeram ocupar o lugar que estou hoje, de estar fazendo esse baita personagem, um sucesso de novela. Acho que nada é à toa na vida, os tombos, esse quase achar que eu ia sumir, já encarava naquele momento que se estavam me dando aquilo é porque eu aguentava carregar”.
“Então, pensei: vamos ver qual é o próximo passo, o que tenho que fazer, estudar, estar preparado, vou criar, fazer arte, fui focando, amadurecendo. Também tenho muita sorte e é uma combinação de fatores para as coisas darem certo. Vejo como uma novela: não basta ter só um texto bom ou uma direção ou um elenco bom, tem que ter a união de todos esses fatores, trabalhar com alegria, porque isso transborda na tela. Não tem fórmula de sucesso“, disse o galã da TV. Ele também foi questionado sobre o receio de atrapalhar sua carreira. “Eu estava numa ascendência muito legal, tinha feito um baita filme do José Aldo, depois fui chamado para O Sétimo Guardião, como antagonista, então, estava ocupando um lugar que eu nunca tinha ocupado, estava fazendo peças e aí acontece tudo aquilo. Lógico que deu medo, foi tipo um zerei o game, voltei à estaca zero, mas vamos embora. Fiquei com medo de atrapalhar e atrapalhou, perdi muitos trabalhos e acho que a vida tem me mostrado que eu estou fazendo o meu caminho sem apagar por onde passei. Acabou me fortalecendo, para eu ser mais persistente, acreditar mais em mim, para saber que fofocas e coisas não me resumem. Não sou só isso. Sou pai, filho, homem, um cara amadurecendo, um cara desconstruído, sou um monte de coisa. Então, não era uma fofoca que iria acabar comigo, mas me prejudicou, foi dolorido“.
“Nasci banhado no machismo”, diz José Loreto em comparação com personagem
Prestes a dar encerramento em mais um ciclo na carreira ao dar adeus a seu personagem na novela “Vai na Fé“, José Loreto fez uma reflexão sobre a desconstrução que Lui Lorenzo viveu na produção, além de comparar o machismo entre seu papel e sua vida.
“Ele teve a desconstrução enquanto pessoa ao entender nuances que não entendia, ou que não fazia questão de perceber. Lui começou como macho tóxico, o famoso boy lixo, parado no sucesso que fez há 20 anos. Mas essa novela foi muito viva, a Rosana é muito sensível e já tinha os planos dela, mas também induzi. Ela falava: ‘Deixa esse cara errar, deixa ele”, explicou o artista, em entrevista à Quem.