Pedro Malta fez sucesso como Lipe em Coração de Estudante (2002), em que trabalhou ao lado de Fábio Assunção, mas sua trajetória como artista durou pouco, já que ele decidiu mudar de carreira e se mudou para Recife, onde trabalha como publicitário. O ex-ator mirim de 28 anos diz que sonha em fazer cinema e está prestes a se casar.
Durante conversa no podcast Papo de Novela, Malta relembra sua primeira novela: “Foi uma celebração imensa dentro da minha família, principalmente porque a gente está falando de uma realidade de 20 anos atrás. Eu gosto de falar e levanto com total orgulho essa bandeira: eu saí do Nordeste, sou recifense, e a gente sabe que o mercado era muito diferente. Dentro dessa área artística existia um fluxo muito maior ligado ao sudeste. Para nós, pernambucanos, saber que houve esse espaço e que na época a Globo acreditou no meu talento foi muito bacana“, disse ele.
O publicitário explicou, também, o que motivou a sua decisão de voltar a Recife: “Rolou um chamado inconsciente do retorno pras raízes. Existem alguns privilégios de ter uma infância assistida, e um deles é que as pessoas possam acompanhar seu crescimento. A outra parte não é necessariamente um malefício, mas é um sentimento de necessidade de preenchimento. Exemplo: as pessoas que me viram crescer tiveram acesso a uma parcela do que o Pedro é. Então você está tão acostumado a viver na frente das câmeras e a se portar de uma maneira sempre responsável e entender que você tem uma persona que, pra uma criança fazer essa transição e essa geração de uma identidade adulta e madura, é preciso tirar um tempo e pensar: ‘O que eu quero pra minha vida?’. E quando eu atingi a maioridade, eu pensei: ‘Eu estou tão acostumado a ser Pedro Malta, a ser aquela pessoa que as pessoas conheceram como Lipe, que eu preciso tirar um tempo pra também pensar o que o Pedro quer’“.
Pedro Malta refletiu sobre mudança de carreira
Ainda no bate-papo, Pedro Malta contou que percebeu que havia alcançado o que pretendia quando ainda era ator: “E enquanto eu fazia novelas e filmes, eu fui maturando um desejo que existia em mim de também ser diretor, cineasta, roteirista. Eu queria escrever, ficar nos bastidores, eu fui tomando gosto pelo backstage. Então eu pensei: ‘Se eu não tirar um tempo pra mergulhar de cabeça nesse meu próximo passo, pra estudar como isso funciona, pra entender se é realmente isso que eu quero ou não, vou ficar pra sempre com esse desejo guardado e não vou realizá-lo'”.
O artista completou: “Quando eu digo que houve um chamado pra Recife é porque eu tive essa vontade de fazer cinema aqui (…). Voltei pra cá com essa ideia, acabei fazendo Rádio e TV, mas com uma ótica muito mais na parte de desenvolver o produto do que de atuar no produto. Com isso, uma coisa foi puxando a outra, eu fui pro mercado publicitário e hoje vivo da minha escrita. Além de redator, atuo também como copywriter e ajudo também a criar conteúdo pra redes sociais de empresas, clientes, enfim. É como se eu tivesse a oportunidade de mudar de lado do balcão“.