A comediante e influenciadora digital Gabô Pantaleão usou os Stories de seu Instagram durante a noite da última quinta-feira (15/09) para comentar o ataque homofóbico que sofreu durante uma partida de futebol entre os times Flamengo e São Paulo, no Maracanã. A famosa estava acompanhada de sua namorada quando um torcedor começou a provocá-la.
“Não estava nos planos eu vir aqui com essa cara de derrota, apesar do meu time ter ganhado. Mas eu passei por um episódio da minha vida que eu achei que eu não fosse passar. Estava driblando muito. Mas chegou o dia que eu sofri a minha primeira homofobia pesada. Foi de uma forma que me deixou muito mal e com muita raiva”, começou ela, visivelmente abalada com a situação.
“Eu estava no Maracanã, na semifinal do jogo da Copa do Brasil entre Flamengo e São Paulo e estava tudo ótimo. Quando a gente estava saindo do estádio, todo mundo cantando e pulando… Tinha uma pessoa atrás de mim. E eu ouvi a seguinte frase: ‘Ainda bem que eu não vi nenhum gay no jogo de hoje’. Eu travei. A minha namorada do meu lado. Eu ouvi e fiquei calada. Poucos segundo depois, ele começou a me chamar de sapatão. Na sexta vez que ele me chamou, olhei para ele e perguntei: ‘Você está falando comigo?’. E ele falou: ‘Não, não… É o pé do meu primo que é muito grande’. Eu falei ‘ah tá’ e ele não parou até eu dobrar a direita e desabar no choro. Nem consigo descrever. O que eu senti naquele momento, eu grande desse jeito me transformei numa formiga, estava impedida de fazer qualquer coisa porque poderia ser pior e só conseguia chorar. Se eu pudesse proteger vocês, todos LGBTs que me seguem, eu o faria porque não desejo a ninguém a dor que senti”, relatou Gabô.
Comediante relata ataque homofóbico
A influenciadora ainda comentou que se sentiu pior por não ter reagido aos ataques. Torcendo para o Flamengo, que ganhou a partida, ela fez questão de isentar o time pelo ataque homofóbico.
“Fiquei com muita raiva porque eu não fiz nada. O que mais me choca é que eu não estava beijando a minha namorada… A gente estava indo embora só. Não estava nem com a mão junto da dela. Eu só estava existindo como qualquer um. Mas o cara veio com essa. É muito triste. Tinha tudo para ser um momento feliz na minha memória e na memória da minha namorada, mas se tornou esse caos”, continuou.
“O Flamengo não tem nada a ver com isso. Ele não controla qual a pessoa que vai torcer por ele. Tem pessoas de caráter duvidoso, que infelizmente está lá marcando presença no estádio”, ressaltou.