Segundo o Financial Times, a Amazon compartilhará mais dados com concorrentes após acordo com EU.
Recentemente, a Amazon chegou a um acordo com o antitruste europeu. A gigante estadunidense do comércio eletrônico compartilhará mais dados com os concorrentes e oferecerá aos compradores uma escolha mais ampla de produtos.
O jornal inglês pontua que isso é o que se espera de um acordo entre a Amazon e os reguladores antitruste da UE para concluir duas das investigações mais importantes em Bruxelas.
O Financial Times revela que os detalhes do acordo serão compartilhados com os concorrentes da Amazon para garantir que eles eliminem os problemas de concorrência antes que a Comissão Europeia possa anunciar um acordo.
O Financial Time resgata que em novembro de 2020, os reguladores antitruste da UE acusaram a Amazon de distorcer a concorrência nos mercados de varejo online e abriram uma segunda investigação sobre as práticas comerciais da empresa.
“Um acordo significa que a Amazon evitará acusações formais de violação da lei da UE e multas pesadas de até 10% das receitas globais. Bruxelas evitará uma longa batalha legal nos tribunais da UE e garantirá a conformidade antes que os padrões digitais mais rígidos entrem em vigor no próximo ano”, comenta o Financial Times.
Chiara Rossi, do Start Magazine, reporta que na terça-feira (6/7), o Parlamento da UE aprovou definitivamente a nova lei dos serviços digitais (DSA) e a lei dos mercados digitais (DMA).
Este último, em particular, visa garantir que nenhuma grande plataforma online que esteja em posição de gatekeeper contra um grande número de usuários abuse de sua posição em detrimento de empresas que desejam acessar esses usuários.
Rossi revela que o antitruste do Reino Unido disse que abriu uma investigação sobre a Amazon para ver se a gigante da tecnologia estava prejudicando a concorrência ao oferecer a seus vendedores uma vantagem injusta em seu mercado sobre terceiros.
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Confira os detalhes levantados pelo Financial Times:
- Qual é o acordo de dados entre a Amazon e o antitruste da UE?
Como parte do acordo, a empresa permitirá que vendedores terceirizados em seu mercado acessem mais informações que podem ajudá-los a vender mais produtos online.
O acordo ocorre três anos depois que autoridades antitruste abriram uma investigação sobre supostas práticas anticompetitivas da Amazon na forma como lida com dados de concorrentes.
- Os medos de bruxelas
Os investigadores suspeitavam que a Amazon, com seu duplo papel de comerciante e varejista em sua plataforma, estava violando a lei da UE ao usar informações sensíveis ao mercado para favorecer artificialmente seus negócios de varejo às custas de rivais.
- Os próximos passos
Os reguladores anunciarão o chamado teste de mercado na próxima semana, antes que um acordo seja formalmente acordado após o verão. Três pessoas familiarizadas com o assunto disseram ao FT que pode haver pequenas mudanças, mas nada que possa inviabilizar um acordo.
Segundo três fontes com conhecimento dos fatos, o momento e os detalhes do acordo ainda podem mudar.
Não é a primeira vez que a Amazon chega a um acordo com a Comissão Europeia, lembra a Reuters. Em 2017, Bruxelas aceitou compromissos da Amazon depois de abrir uma investigação para examinar se a varejista online de Seattle excluiu injustamente rivais do mercado de e-books.
- A pesquisa cma britânica
Para uma investigação sobrevivente, outra perspectiva na Europa para o gigante tecnológico fundado por Jeff Bezos.
A Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) anunciou na terça-feira a abertura de uma investigação sobre a Amazon. Em particular, o regulador do Reino Unido investigará como a Amazon coleta e usa dados de vendedores terceirizados e como estabelece critérios de elegibilidade para venda com o selo Prime.
Ficou curioso? confira aqui o que diz a lei antitruste brasileira.
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