A empresa de transporte de aplicativo Uber terá que contratar todos os motoristas cadastrados na plataforma, além de pagar multa de R$ 1 bilhão por danos morais coletivos, segundo decisão do juiz do Trabalho Maurício Pereira Simões, da 4ª Vara do Trabalho de São Paulo. No entanto, essa não é a única polêmica que a empresa já se envolveu.
Em 2017, após ser acusada de tolerar uma cultura sexista e violenta, a Uber iniciou uma investigação interna. Seu cofundador, Travis Kalanick, acabou renunciando o cargo após denúncia de incentivar práticas brutais de gestão. Além disso, a empresa chegou a demitir 20 trabalhadores devido a 215 denúncias de comportamento inapropriado em todo o mundo.
Na Índia, um dirigente da empresa foi demitido após tentar desacreditar o depoimento de uma mulher violentada por um motorista em 2014. Já em 2017, a Uber admitiu que os dados de 57 milhões de usuários, clientes e motoristas foram hackeados. A empresa depositou 100.000 dólares para os hackers para que se mantivessem em silêncio. Em 2018, a França condenou a Uber a pagar uma multa de 400.000 euros por ter escondido esse hackeamento. A empresa também foi condenada a pagar duas multas de mais de um milhão de euros na Holanda e Reino Unido.
Ainda no ano de 2017, a Justiça dos EUA investigou suspeitas de uso de programas ilegais para espionar a concorrência ou contornar a fiscalização das autoridades. O ex-responsável de “inteligência” da Uber revelou ter recebido US$ 4,5 milhões para não criticar a empresa./ Com informações da Agence France-Presse.