Com a pandemia de COVID, a pirataria de animes e mangás aumentou no Japão e no mundo. De janeiro a outubro de 2021, a pirataria no Japão causou danos de 800 bilhões de ienes (cerca de US $ 6,92 bilhões), sendo que o mercado de mangá fatura no ano cerca de 600 bilhões de ienes (US $ 5,19 bilhões). Assim, quem trabalha na área está ganhando menos da metade do que deveria. Como forma de combater a pirataria, a Organização Internacional Antipirataria (IAPO) estreará em abril deste ano, reunindo mais de treze países.
A Content Overseas Distribution Association (CODA), no Japão, está envolvida no projeto da IAPO. A CODA é formada por 32 empresas japonesas, incluindo: Studio Ghibli, Toei Animation, Kodansha, Shueisha, Shogakukan, Bandai Namco Arts, Sunrise, Pony Canyon, entre muitas outras. Em outros países, temos a participação da America’s Motion Picture Association e Copyright Society of China. Mais empresas, como algumas da Coreia, também têm interesse no grupo e pretendem se juntar ao IAPO em breve.
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Segundo Masaharu Ina, diretor da CODA, a IAPO trabalhará com a aplicação da lei em diferentes empresas para reprimir a pirataria, fazer acusações criminais e divulgar e fornecer informações sobre animes e mangás para outros países:
“Nosso plano é iniciar a nova organização em ou por volta de abril deste ano e compartilhar as informações sobre sites de pirataria compiladas em cada país e fornecer as mesmas à polícia do país onde os servidores estão localizados, por exemplo”. (via Otaku USA Magazine)
Como isso afetará o Brasil, um mercado ainda muito negligenciado pelas editoras japonesas e dependente de sites feitos por fãs, só saberemos ao longo do ano.