Caco Barcellos fala sobre a série ‘Rota 66 – A Polícia que Mata’

Os dez anos de trabalho investigativo do jornalista são inspiração para a série dramatúrgica do Globoplay.

Humberto Carrão é Caco Barcelos na série 'Rota 66 - A Polícia que Mata' - Foto: Globo
Humberto Carrão é Caco Barcelos na série ‘Rota 66 – A Polícia que Mata’ – Foto: Globo

A série ‘Rota 66 – A Polícia que Mata’, que entrou no catálogo do Globoplay nesta semana, Humberto Carrão entra em cena para reproduzir os bastidores de um rigoroso trabalho de investigação jornalística, com foco na atuação violenta de uma rede de policiais nas periferias de São Paulo, feita pelo jornalista Caco Barcellos no decorrer de dez anos.

Com oito episódios, a trama também mergulha na biografia de Caco Barcellos, imergindo em sua trajetória profissional marcada por um trabalho de pesquisa e imersão aprofundados. Em entrevista enviada à imprensa, o jornalista contou como surgiu o interesse pelo tema.

“O interesse nasceu de minha imediata paixão pela reportagem. Tive muita sorte. Meus primeiros passos foram no Folha da Manhã, em Porto Alegre, uma redação cheia de mestres desse gênero do jornalismo. Foi lá que me ensinaram a apurar as notícias longe dos gabinetes da autoridade na época da fase mais dura da Ditadura Militar. Aos poucos aprendi a apurar esses crimes sob a ótica das vítimas, com a ajuda de amigos, parentes e entidades independentes e solidárias”, explicou Caco, que comanda atualmente o ‘Profissão: Repórter’ na TV Globo.

Caco Barcellos diz ter colaborado com a produção

Em seguida, Caco Barcellos contou sobre a emoção de ver seu trabalho sendo adaptado em uma série de dramaturgia. “Espero que exibição no formato de série, desperte grande interesse do público. Minha investigação abrange os primeiros 22 anos de ação violenta da Rota, que foi criada em abril de 1970. Três décadas se passaram, mas quem assistir a série vai perceber que a brutalidade do passado veio se repetindo até hoje e se multiplicando em todas grandes cidades do país”, relatou.

“Eu tentei colaborar o máximo possível sempre que fui solicitado. Prestei depoimentos, tive longas conversas com o produtor Gustavo Mello, com os criadores e roteiristas Teo e Maria e com o diretor Philippe Barcinski, todos sempre cordiais e atenciosos comigo. Esses contatos aconteceram em várias fases do processo de criação. Jamais vou esquecer um encontro emocionante no set de filmagens, onde vi de perto o envolvimento de uma equipe aguerrida e talentosa”, finalizou o jornalista.

Redator com passagens pelo MAZE Blog (MTV), Cenapop (UOL), Splash (UOL) e Bolavip Brasil, além de apresentador e roteirista no Canal Cinco Tons, no YouTube. É editor-chefe do Hit Site desde 2022. E-mail: [email protected]