Tidal é investigado na Noruega por falsificar números de ‘Lemonade’, da Beyoncé

A empresa nega as acusações.

A autoridade da Noruega para investigação de crimes econômicos e ambientais, a Økokrim, começou uma investigação sobre alegações de que o app de música Tidal falsificou números de streamings, de acordo com a Variety.

No ano passado, o jornal Dagens Næringsliv, que investiga agressivamente o Tidal, acusou a empresa de falsificar intencionalmente números de streaming para os álbuns Lemonade, da Beyoncé, e Life of Pablo, de Kanye West – consequentemente pagando royalties inflados aos artistas. A empresa, que é principalmente de propriedade do marido de Beyoncé, Jay-Z, negou veementemente os relatórios.

A promotora-chefe do Økokrim, Elisabeth Harbo-Lervik, confirmou que uma investigação das autoridades norueguesas foi lançada no final do ano passado e “ainda está em um estágio inicial”. O jornal afirma que pelo menos quatro ex-funcionários do Tidal foram entrevistados perante um juiz, com mais de 25 horas de interrogatório.

Tidal divulgou uma declaração na segunda-feira de manhã que reflete seu relacionamento nada amigável com o jornal Dagens Næringsliv.

O Tidal não é um suspeito na investigação. Estamos nos comunicando com o Økokrim. Desde o início, o DN citou documentos que eles não compartilharam conosco, apesar de repetidos pedidos. O DN fez repetidas reclamações com base em informações que acreditamos que podem ser falsificadas. Estamos cientes de que pelo menos uma pessoa que suspeitamos de roubo foi questionada. Não podemos comentar mais a respeito neste momento.

Segundo o Dagens Næringsliv, os três ex-funcionários entrevistados – dois analistas de negócios e o chefe de inteligência de negócios, responsável pela análise dos números de streaming – deixaram o Tidal ao mesmo tempo no segundo semestre de 2016. O documento diz que os três executivos “reconheceram sinais de manipulação sobre os álbuns relevantes de Kanye West e Beyoncé” e, em seguida, contataram um advogado antes de informar a gerência da empresa sobre suas descobertas. Os três posteriormente se demitiram da empresa.

 

Paulo Cesar Góis, tradutor e redator. Foi introduzido por Harry Potter no mundo nerd. Desde então devorou de Duna a Sandman, e usa a fantasia e a ficção científica para tornar o universo um pouco mais mágico.