Shania Twain recentemente cedeu uma entrevista para a “The Sunday Times” e comentou que ser fotografada nua para a capa de seu novo álbum, “Queen Of Me“, foi uma das experiências mais empoderados que ela passou, além de extremamente difícil. A artista revelou que tirar suas roupas na frente de várias pessoas a fez se sentir “petrificada” por conta dos problemas de autoestima devido ao abuso sexual de Jerry Twain, seu padrasto, durante a infância.
A cantora admitiu que posar nuda acabou sendo uma ajuda para superar o trauma que sofreu ao crescer em um lar abusivo. A artista comenta que, normalmente, não se sente confortável consigo mesma. A famosa ainda comenta que, na infância, tentava se “esconder” ou passar despercebida, pois “era terrível – você não iria querer ser uma menina na minha casa”.
Em uma conversa com Hoda Kotb para o programa “Today” a cantora revela que tomou a decisão de ficar nua para o álbum como uma forma de demonstrar empoderamento por conta dos abusos que passou enquanto era criança, porém, enfrentar seus medos acabou sendo uma experiência difícil: “Eu fiz uma sessão inteira como parte da capa do álbum, em que fiquei completamente nua. E foi realmente assustador. Eu realmente não amo meu corpo. Eu não gosto de me olhar no espelho com as luzes acesas ou olhar no espelho para o meu corpo“.
Shania Twain revela seus traumas de infância
A artista comentou sobre os acontecimentos durante sua vida que a fizeram se sentir desta forma. “Meu padrasto me acariciava e me fazia andar sem camiseta, e eu já estava amadurecendo”, revelou. Jerry faleceu em um acidente de carro, em 1987, quando Shania tinha 22 anos. Ela ainda acrescentou que as experiências que passou fizeram querer “escapar de estar na minha própria pele”, entretanto, é “a única pele que tenho, então não tenho escolha – caso contrário, vou me odiar para o resto da minha vida“.
Twain fez um balanço positivo sobre ter passado por essas situações com a nova capa do álbum. “Estou tão feliz por ter feito isso. Fiquei petrificada, mas uma vez que apertei o botão e mergulhei nele, fiquei tipo, ‘Estou dentro’. Eu me comprometi 100 por cento. Eu não estava pensando sobre o que alguém pensava. Eu não pensei em quem estava na sala. Isso é sobre mim. Este é o meu momento de realmente me abraçar em momentos vulneráveis. Tinha que ser vulnerável, onde eu sentia estar enfrentando o medo de ser julgada, ou talvez até de ser ridicularizada, de ficar envergonhada. Mas foi apenas fortalecedor. Foi realmente fabuloso“, concluiu a artista.