Shakira comenta pela primeira vez sobre a separação de Gerard Piqué: “Tudo isso é um pesadelo”

A cantora Shakira cedeu uma entrevista e comentou pela primeira vez como está sendo sua separação do jogador Gerard Piqué

Shakira e Piqué
Shakira e Piqué – Foto: Reprodução / Instagram

Shakira cedeu uma entrevista para a revista “Elle” dos Estados Unidos e comentou, pela primeira vez, sobre a separação do jogador de futebol Gerard Piqué. “É muito difícil falar sobre a separação, ainda mais que é a primeira vez que falo sobre isso em uma entrevista. É difícil falar porque eu ainda passo por ela. E porque estou sob os olhos do público e porque é uma separação incomum. Tem sido difícil não só para mim, mas para as crianças também. Extremamente difícil. Há paparazzi acampados na porta da minha casa 24h por dia”, revelou a cantora.

“Não há um lugar que eu possa me esconder com meus filhos, exceto a minha casa. Nós não podemos ir a um parque como uma família normal, ou tomar um sorvete sem que alguém nos siga. Eu tento protegê-los, porque essa é minha missão número um na vida. Mas e quando eles escutam algo na escola ou chega até eles alguma notícia desagradável?”, continuou ela, desabafando.

A artista ainda falou sobre tentar “blindar” seus filhos, Milan, de 9 anos de idade, e Sasha, de 7, ao máximo: “Eu tento esconder a situação deles o máximo que posso. É realmente perturbador para duas crianças que estão tentando processar a separação de seus pais. E às vezes eu sinto que tudo isso é um pesadelo e que eu vou acordar em algum momento. Mas não, é real”.

Shakira e seu divórcio

Ela continuou falando sobre a situação que envolve os filhos do ex-casal. “E o que também é real é a decepção de ver algo tão sagrado e tão especial quanto eu achava que era a relação que tive com o pai dos meus filhos e ver isso se transformando em algo vulgarizado e barateado pela mídia. E tudo isso enquanto meu pai está na UTI e eu tenho lutado em diferentes frentes. Como eu disse, esta é provavelmente a hora mais sombria da minha vida. Mas então eu penso em todas aquelas mulheres ao redor do mundo que estão passando por dificuldades, que estão passando por uma situação tão ruim quanto a minha ou tão difícil quanto a minha ou pior”, completou.

Ao ser questionada sobre sua profissão, para ajudá-la durante o momento, ela diz: “Acho que todo mundo tem seus próprios processos ou seus próprios mecanismos para processar o luto, o estresse ou a ansiedade. Todos nós passamos por coisas na vida. Mas no meu caso, acho que escrever música é como ir ao psiquiatra, só que mais barato [risos]. Isso só me ajuda a processar minhas emoções e dar sentido a elas. E isso me ajuda a curar. Acho que é o melhor remédio, e junto com o amor da minha família e dos meus filhos que me sustenta, música e compor é definitivamente uma dessas ferramentas – uma das poucas ferramentas que tenho para sobreviver em condições extremas. É como madeira flutuante para um homem se afogando no mar, aquele pedaço de madeira que você segura quando sente que está se afogando. Eu acho que a música é um bote salva-vidas. Houve dias em que tive que pegar os pedaços de mim do chão. E a única maneira de fazer isso, de realmente fazer isso, foi através da música. Realmente me recompor e me ver no espelho e saber que sou mãe e meus filhos dependem de mim”.