Luciana Gimenez está celebrando os 22 anos de trajetória na TV e relembrou momento em que assinou contrato com a RedeTV para apresentar o SuperPop. A modelo também comentou de ataques machistas sofridos durante as duas décadas enquanto apresentava o programa.
Em entrevista à Quem, Gimenez relata que aceitou o trabalho, mas com uma condição: “Enfim, topei, mas coloquei uma cláusula no meu contrato – que tem até hoje escrito à mão nele – que se eu não curtisse fazer, podia ir embora, renunciar a tudo depois de 3 meses, mas lá se vão 22 anos“. Mesmo assim, ela acabou sofrendo ataques machistas e lamentou ter passado pela situação.
Na época, Luciana foi alvo de críticas e boatos de que era bancada por Marcelo de Carvalho, empresário da emissora, e seu ex-marido: “Mas essas fake news incomodam pelo simples fato de não serem verdade. Se fosse verdade, assumiria numa boa. Afinal, ninguém tem nada a ver com a minha vida. O valor que muita gente fala por ai, é pura invenção, lenda! Mais importante que dinheiro, era saber que meu filho teria a presença do pai“.
A artista prosseguiu: “Nunca precisei de homem nenhum para me sustentar, nem meu pai depois de certa idade. Então, meti as caras e vim tentar a vida no Brasil. As pessoas gostam de falar isso, porque é uma forma de tentar me diminuir como mulher e ser humano. Não assumem que estou há 22 anos na TV, porque batalhei pelo meu espaço. Ninguém fica tanto tempo se não gerar empatia com o público“.
Luciana Gimenez considera a internet como um “tribunal”
Com o aumento da tecnologia, Luciana passou a receber diversos julgamentos: “A primeira coisa é entendermos que não somos perfeitos, todos temos erros e acertos. A segunda, é que não somos juízes da vida de ninguém. Esse grande tribunal que se tornou as redes sociais, é cruel e desumano. Você não pode mais ter sua opinião. Você só pode falar o que um certo grupo julga certo. São os novos bastiões dos bons costumes e falas, que guiam e impõem o que é permitido ou não”.
A apresentadora complementou: “As pessoas não querem ensinar, elas querem massacrar, fazer com que o outro sinta dor, se sinta um lixo e que, por vezes, deixe de existir. Esse tipo de atitude mata, esses julgamentos e comentários matam. Veja o filho da cantora Walkyria, um menino lindo e maravilhoso que atentou contra a própria vida por pessoas cruéis e amarguradas nas redes sociais. O que era para ser leve, se tornou algo pesado, com um fluxo de ódio muito intenso“.