Com 17 anos de carreira, Isis Valverde costuma lidar com os holofotes de maneira que “não se lembra de viver sem a pressão”, desde que estreou como Ana do Véu, em 2006. A atriz concedeu entrevista ao Glamour, e refletiu sobre a exposição na mídia desde então.
“Não me lembro de viver sem essa pressão. Comecei muito cedo, com a cara tampada e trancada num apartamento sem que ninguém pudesse me ver [para Ana do Véu]. A minha vida é pública, não tem como eu brigar com isso. Sempre tem coisas sendo inventadas, relacionamentos que nunca existiram… Somos mulheres, então sempre vai cair para o nosso lado, vamos levar pedra. Por exemplo, se o casamento acabou, nós é que não seguramos o marido. Estamos numa sociedade que está caminhando adiante, mas que ainda é machista“, desabafa a musa da televisão.
A artista ainda comentou a respeito de preocupações com a estética e beleza: “Eu nunca fui de intervenção cirúrgica. A primeira vez que fiz Botox foi aos 30 anos. Tenho até vontade de fazer alguma coisa no bumbum, mas, como tenho medo de agulha, quando chega na hora, deixo quieto. Por enquanto, faço apenas laser e uso cremes desde os 15 anos. Não é sobre evitar envelhecer, mas, sim, cuidar de mim ao longo dos anos. Achei que teria contato com o etarismo mais velha, mas dos 30 anos pra frente já foi uma pressão péssima, ouvi que não podia me vestir de tal jeito, andar com tal grupo, fazer uma maquiagem diferente. Vejo comentários nas redes, me deixam bem assustada. E olha que no meu perfil ainda é pouco! Imagina uma mulher de mais de 50 anos ficando com um cara de 25 ou 30, planejando gravidez? Enquanto isso, os homens “envelhecem bem”“.
“Perdi o amor da minha vida”, diz Isis Valverde ao desabafar sobre morte de avó
Isis Valverde relembrou a morte da avó Maria Nilce Senador, em 2016, que batalhou contra um câncer de mama, em conversa com a CARAS. A artista refletiu sobre a doença, que atualmente mata mais de 10.000 mulheres no Brasil.
“Perdi o amor da minha vida para essa doença, a minha segunda mãe. Vocês não sabem a grande mulher que ela era, uma guerreira. Não se entregou até o último instante. Então, na hora das fotos, pensei muito nela e em todas as mulheres. Se fui chamada para a campanha é porque Deus quer que eu faça algo, o universo conspira para que eu levante essa bandeira“, afirma a musa.