Cristiana Oliveira acabou de lançar seu primeiro livro, “Versões de Uma Vida”, em que relata sua trajetória, além de refletir sobre a autoestima e a chegada dos 50 anos. A artista de 58 anos conversou com a revista Marie Claire e contou sobre as mudanças dos últimos 30 anos.
“30 anos é uma vida, né? Mudou muito. Eu acho que aprendi a aproveitar muito mais a vida depois dos 48, 50 anos. Então, mudou o que tinha que mudar; aconteceu o que tinha que acontecer; muitas experiências, dores, conquistas… Mas foi uma vida bem aproveitada“. Oliveira falou, também, sobre como retrata a autoestima em sua biografia. “Eu tive muitas brigas com o espelho, mas acho que isso veio diante da cobrança da sociedade, da mídia. A carreira de modelo foi uma coisa que eu fiz de brincadeira e acabou acontecendo – e, a partir daí, surgiu essa cobrança”.
A atriz acrescentou: “Eu sou uma mulher com uma estrutura óssea grande; tenho 1,77 de altura, e nunca segui aquele padrão europeu. Comecei a ter problemas, porque eu olhava pro espelho e via que eu nunca estava naquilo que eu projetava. Eu tinha uma baixo autoestima absurda. Foi a maturidade [que ajudou a autoestima]. Foi ficar de saco cheio de determinadas coisas. Saber que eu gosto de cuidar da minha saúde, olhar no espelho e me identificar, saber quem eu sou. Aceitar as minhas celulites, a minha estria, o meu envelhecimento, a minha flacidez. Fazer aquilo que eu acho que devo fazer para mim e para a minha satisfação, nunca querendo corresponder à expectativa do outro, porque isso é absolutamente frustrante. Não ter referências surreais, utópicas. Eu não tenho nenhuma loucura por parecer jovem”.
Cristiana Oliveira citou autoconhecimento ao aconselhar outras mulheres
Questionada sobre o que poderia aconselhar a outras mulheres que têm dificuldade com a autoestima, a atriz afirma: “É muito complicado dar dica porque cada pessoa tem a sua história, cada pessoa vive num meio diferente. Mas nós temos alguns sentimentos que são iguais. Acho que é olhar pra dentro. O autoconhecimento é a forma mais perfeita que tem de saber o que te incomoda, saber o que vem de você e o que vem de fora”.
“Claro, como vivemos em sociedade, seria ridículo dizer que nada que vem da mídia não nos influencia como indivíduo, mas quando tudo isso começa a te prejudicar como pessoa, você está abrindo mão de você para viver pelo olhar externo. Então a dica que eu dou é: olhe pra dentro! Quando a gente vai amadurecendo, vai envelhecendo, percebemos que o nosso cuidado e o nosso olhar pra gente mesmo é muito maior. Amor próprio, né? É construir esse amor próprio, porque, sem ele, não vamos amar ninguém nunca“, concluiu.