A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras deu o aval para a quebra do sigilo bancário dos artistas Cauã Reymond e Tatá Werneck, bem como do apresentador Marcelo Tas. A deliberação foi anunciada por meio do portal oficial da Câmara dos Deputados, após a realização da sessão ocorrida na última quarta-feira (23/08).
Os advogados que representam a comediante e apresentadora afirmaram que ela atuou meramente como uma profissional contratada e não teve vínculo algum com as operações e procedimentos da Atlas. Em resposta a questionamentos, Cauã Reymond preferiu não comentar sobre o tema. Quanto a Marcelo Tas, a matéria permanece à espera de uma declaração por parte dele. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) também deliberou pela quebra do sigilo bancário do proprietário da empresa, Rodrigo Marques dos Santos.
O pedido foi realizado pelo deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP). “Requer que esta CPI decrete a quebra do sigilo bancário da empresa Atlas Quantum, pertencente à Rodrigo Marques dos Santos, CNPJ Nº 31.049.719/0001-40, e dos contratados, os senhores Cauã Reymond Marques e Marcelo Tristão Athayde de Souza, e a senhora Talita Werneck Arguelhes, assim como o acesso aos contratos e aos dados do pagador relativos às campanhas realizadas“.
No caso envolvendo os famosos atores, membros da classe artística foram convocados a participar das sessões da comissão, no entanto, não compareceram às reuniões após obterem habeas corpus concedidos pelo Supremo Tribunal Federal. A Atlas Quantum foi acusada de perpetrar esquemas fraudulentos que totalizaram mais de R$ 7 bilhões, prejudicando cerca de 200 mil investidores — e o próprio Marcelo Tas estava entre eles. Enquanto a empresa estava em operação, Tatá, Cauã e Tas participaram de campanhas publicitárias.