Caroline Figueiredo usou seu perfil no Twitter durante esta segunda-feira (05/12) para comentar sobre seu vídeo “4 de dezembro”, que sempre viraliza nesta data do ano. No vídeo feito pela artista, em 2009, ela aparece no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, na chuva, fazendo uma reflexão e celebrando. A famosa atriz revela que estava celebrando uma contratação com a emissora “TV Globo”.
“Em 2009 (20 anos) era 4 de dezembro, dia dos raios e das tempestades, assinava um contrato de 7 anos com a Globo, no Jardim Botânico. Choveu, e fui andando com água no joelho até o parque. Liguei a máquina. Gravei um recado pra mim. Todo ano escuto e faz mais sentido. Fui repostada por suposto canal de humor, que fez uma versão de um caminhão me atropelando. Fui julgada e ridicularizada, hoje vejo como uma exposição machista de quem não compreende a mensagem do vídeo. Ainda sinto que essa marca de exposição bloqueou minha espontaneidade”, lamentou a artista.
A atriz ainda comenta que foi julgada por pessoas após o vídeo se tonar um viral. “Na época, fui chamada de maluca, doida, surtada… me acusaram de chapada, drogada, tive que fazer matérias me explicando. Eu estava contratada por sete anos! No dia de minha mãe [Iansã, um dos orixás femininos mais populares e cultuados na umbanda e no candomblé, a quem ela reverencia no vídeo]. Chovia. E eu sou assim: intensa, filha da dona dos raios e das tempestades”, completou.
Caroline Figueiredo comenta sobre vídeo que virou “meme”
A artista, que ficou famosa na novela “Malhação“, diz que foi precursora do formato vlog e que se comunica com quem a compreende: “Eu aprendi que quando você expressa livremente seu corpo e suas ideias, sem amarras e julgamentos, questionando você, o mundo, os encontros, o mistério, as angústias, as escolhas… quando a gente sobe o tom, arranca sapato, toma chuva… o caminhão patriarcal vem te atropelar”.
“Esse vídeo é uma abertura de coração num formato vanguarda: em 2009 não existia selfie, nem celular, o auge era fazer ao vivo na twitcam (e eu bombava)! Fui chamada de louca e desajustada por me expressar livre. Eu falo para quem compreende quem eu sou, não para todos… vamos resgatar esse fogo de expressão autêntico e a gente vai perdendo com o tempo! Luz, luz, luz e caminhos abertos! Sempre”, concluiu Carolinie.