Astrid Fontenelle falou sobre os preconceitos com a maturidade, relatando o caso recente de etarismo que envolvia alunas de uma universidade em Bauru, em São Paulo, em que debocham da colega de 45 anos. A apresentadora de 61 anos refletiu sobre o assunto, discursando a respeito do preconceito pela idade.
Questionando se um homem de 45 anos em uma faculdade incomodaria, a artista disse: “Não dá para saber, mas eu tenho um palpite e quem me soprou esse palpite no ouvidinho foram os meus cabelos brancos“. Durante a pandemia, Fontenelle decidiu deixar de colorir os fios, inspirando outras mulheres a fazerem o mesmo. “
“Você já viu uma reportagem com um homem famoso contando como foi o processo de assumir os seus fios grisalhos? E aí vem a grande questão: por que a chegada da velhice na vida de uma mulher deve ser escondida, maquiada, retocada e tingida enquanto os homens exibem com orgulho os seus fios grisalhos e a suposta sabedoria adquirida com o tempo?“, disse a famosa.
Astrid Fontenelle comanda programa com debates femininos na TV
Astrid Fontenelle costuma conversar sobre a feminilidade em seu programa, e aproveitou a pauta para desabafar sobre o etarismo: “Eu envelheci, e estou ótima! Trabalho, me divirto, transo… Será que a mulher tem vida útil? Será que termina quando ela entra na menopausa? Quando, em teoria, não pode mais engravidar? Depois disso, será que a mulher não serve para mais nada? O que resta a uma mulher que passou dos 40, 50, 60?“.
“O etarismo nos faz acreditar que não. Que depois de um tempo não dá mais para paquerar, trocar de carreira, ganhar prêmios, aprender uma nova habilidade, começar uma faculdade. Mas dá!”, completou a artista.