A apresentadora Angélica começou sua carreira na televisão aos 12 anos. Em entrevista, ela revelou que sofreu assédio sexual de um homem importante do meio artístico durante a infância. “Foi bem nessa época que o homem pedia para eu sentar no colo dele nos bastidores da TV. Ele era um adulto e, eu, uma criança. E eu fazia tudo sem entender. Hoje eu entendo”, conta a mulher de Luciano Huck, no programa Angélica: 50 e Tanto, da Globoplay.
O mesmo homem queria que Angélica adotasse o nome Lolita. A inspiração era a personagem de Vladimir Nabokov, uma menina sexualizada pelo próprio padrasto. “Sou Angélica por um triz. Quando eu ia estrear na TV, um homem muito poderoso achava que meu nome artístico tinha que ser Lolita, que nem a menina do livro”, disse ela, que não revelou o nome do assediador.
Esta não foi a primeira vez que Angélica relatou assédios na juventude. Em julho de 2022, ela relembrou as dificuldades que teve para gravar o clipe da música Vou de Táxi. Na época, ela tinha apenas 15 anos e as filmagens rolaram em Paris, na França. “Vários homens de 19 e 20 anos ficaram passando mão em mim, enquanto eu fazia umas fotos, e eu [fiquei] parada, falando para as pessoas: ‘eles estão passando a mão em mim’. Eles [os agressores] eram franceses, não entendiam o que eu estava falando. Os fotógrafos também não eram brasileiros, e eu não sabia falar francês. Eu fiquei petrificada ali, vendida”, disse ela no Quem Pode Pod.
No primeiro episódio, Angélica fala sobre como foi começar a carreira ainda criança. Sandy, Fernanda Souza e Maisa — três mulheres que também começaram muito cedo no trabalho — participam da conversa. O episódio deste domingo já está disponível no Globoplay e será exibido no GNT em 30 de novembro.