Aos 42 anos, Angélica sofreu menopausa precoce e contou, em conversa com a revista Marie Claire, sobre como o sexo acabou ajudando a melhorar sua vida sexual. A apresentadora refletiu, ainda, na questão do assunto ser importante para o público em geral.
“Quando você começa a se olhar, a se conhecer, a falar sobre o assunto, sobre a mudança na libido, você abre outro universo, onde pode se preocupar com isso. Da forma que for [depois da menopausa], a gente acaba ficando mais livre com o nosso corpo, com aquilo que a gente gosta, quer, com o que aceita ou não. E isso é muito maravilhoso”.
A artista acrescentou: “Aí é claro que a vida sexual vai melhorar, porque você está dando atenção, está olhando para ela, tentando fazer com que ela fique melhor. Mas não só isso. Passa também pelo companheiro que você tem, se o cara também está disposto a esse crescimento. A gente [ela e Luciano Huck] está casado há quase 19 anos, então hoje temos uma intimidade muito maior do que, sei lá, cinco, seis, sete anos atrás.”
“E esse é um assunto importante para nós, uma área que eu acho fundamental. Sexo é saúde. É importante para o bem-estar, para a cabeça, para o trabalho… E é lindo também. Tem essa coisa sagrada do sexo que eu acho incrível“, garantiu ela.
Angélica diz que chegou a negar momento de menopausa
Com a menopausa precoce, a artista conta que chegou a viver momentos de negação. “Se a gente for olhar para o patriarcado lá atrás, vai ver que colocaram na nossa cabeça que a mulher fica seca quando entra na menopausa, que não serve para mais nada. Então, dentro de cada uma, lá no inconsciente, existe uma coisa de negar esse momento. E acho que vivi isso também”.
“Primeiro porque era muito nova, tinha 42, 43 anos, e, justamente porque não se fala muito nisso, não sabia que minha irmã [Marcia, 11 anos mais velha] e minha mãe [Angelina] tinham tido menopausa precoce. Comecei achando que era estresse, excesso de trabalho, uma TPM gigante… Tinha calorão, vivia irritada, não tinha vontade de transar… Mesmo dos médicos, só recebia informação truncada. Fiquei uns dois anos tomando chazinho para isso, chazinho para aquilo”.
Angélica completou: “Estava evitando um tratamento mesmo, e foi péssimo. Aí, quando encarei isso como um processo, tudo mudou. Eu realmente acredito que a menopausa é o começo de uma outra etapa da vida, e que pode ser muito legal. O fato de ter que buscar uma forma de melhorar os sintomas fez com que eu me conhecesse melhor, que me aprofundasse no meu corpo. Tem tanta coisa boa nisso. A gente para de menstruar, TPM não existe mais. Mas demorei. Demorei por falta de informação e por essa vergonha encruada que colocam na gente“.