As coisas estão muito doidas lá no norte da América.
Na noite do último domingo [24] foi ao ar a 91ª cerimônia do Oscar, que premiou o trabalho do cineasta Spike Lee em Infiltrado na Klan com o prêmio de Melhor Roteiro Adaptado.
No seu discurso de aceitação, Lee relembrou sua história – com uma bisavó escrava, com uma avó que guardou todo o dinheiro que recebia por pobreza do governo para colocá-lo na faculdade – e motivou todos a não desistirem de seus sonhos.
Além disso, ele fez menção às eleições presidenciais que se aproximam nos Estados Unidos:
“A eleição presidencial de 2020 está ali na esquina. Vamos nos mobilizar. Vamos estar no lado certo da história. Façam a escolha moral entre amor e ódio. Vamos fazer a coisa certa!”
Ele terminou o discurso sorrindo e dizendo divertidamente “vocês sabem que eu precisava falar isso”, se referindo ao fato de que “Faça a Coisa Certa” é também o nome de outro filme seu, lançado em 1989.
Sobre isso, o presidente americano Donald Trump twittou debochadamente que Spike Lee precisou ler notas para lembrar seu discurso e o chamou de “racista”.
Agora, o cineasta foi procurado pelo Entertainment Weekly e respondeu com bastante calma. Quando perguntado se viu o tweet, ele disse que sim.
Eles mudam a narrativa. Eles fizeram a mesma coisa com os jogadores afro-americanos que estavam ajoelhados, tentando transformar o gesto em algo antiamericano, anti-patriótico e anti-militar. Mas ninguém liga pra isso.
Que papelão…