Um dos álbuns pop latinos mais aguardados do ano “Versions of Me” de Anitta foi lançado ontem (12) e prometeu mostrar toda versatilidade musicalmente que a cantora possui e que muitos de nós conhecíamos, mas até esses se surpreenderam com ela.
Quando foi anunciado com a proposta de mostrar cada vertente da cantora, muitos acharam que seria um “‘kisses‘ 2″, álbum antecessor da artista, mas musicalmente falando no quesito produção, vocal e até mesmo tracklist, “Versions of Me”, mostra a evolução com que Anitta avançou nesses último anos.
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O disco começa melhor do que nunca, a faixa “Envolver”, abre o projeto de forma magnifica, muitos podem pensar que ela é a primeira pelo sucesso que está tendo, mas se pararmos para pensar, nenhuma outra conseguiria segurar tamanha responsabilidade.
Anitta nos leva em uma viagem através da música urbana, algumas com influencias do que ela viveu aqui, outras com o que ela vive lá fora, mas sempre dando a sua personalidade. O gênero urbano em si é bem amplo e pode abranger tudo aquilo que não se encaixa no pop, R&B, HIP-HOP, entre outros e a cantora se destaca justamente por colocar batidas e sons que fogem do reggaeton.
O projeto em si é dividido indiretamente em três partes, a primeira focada nos países mais latinos, a segunda focada no pop mais “americanizado” e por fim músicas mais brasileiras.
A primeira inédita que ouvimos é a que talvez seja a melhor do álbum e talvez a mais experimental da carreira inteira da brasileira: ‘Gata‘. A música vem acompanhada de Chenco Corleone e apresenta sample do hit “Guatauba” do Plan B, no qual o próprio Chenco fazia parte. Aqui a cantora mistura de forma coesa o reggaeton, um pouco de eltropop e umas leves batidas de funk.
Outro grande destaque dessa primeira parte é “Gimme Your Number” que apresenta o rapper Ty Dollar $ign e também possui sample de uma famosa música, dessa vez do clássico “La Bamba” de Ritchie Valens e mais uma vez ela brinca com a nostalgia dos mais velhos, apresenta um clássico para os mais novos e ainda reformula tudo.
Uma das grandes preocupações das pessoas era como músicas já lançadas e considerada distintas iriam se encaixar como um todo e ela conseguiu deixar tudo de certa forma coeso, como a virada da faixa cinco “Maria Elegante” para o inicio do “pop” em “Love You” onde uma complementa a outra e as vezes você se percebe que ele mudou de “etapa”. Ela começa em um tom misterioso e sexy, no qual ao longo da música vai explorando seus vocais que possui todas as características de uma trilha sonora para um filme.
Quando “Boys Don´t Cry” saiu, certamente todos se surpreenderam com a diferença de todos os outros sons que a Anitta já havia lançado e a preocupação era como ela iria se adequar em um álbum com ritmos tão urbanos, mas a brasileiro conseguiu por mais uma vez colocar outra faixa para se completar e ela é a título do álbum que soa como um pop nostálgico dos anos 2000 e se o conceito era mostrar versões dela, então mostraram até ritmos que a influenciaram quando era uma doeslecente.
Outra música que se destaca nessa parte, é “Ur Baby” com Khalid, o midtempo foi o grande responsável por fechar essa etapa e com grande maestria, talvez quem não acompanhasse Anitta em meados de 2014 possa estranhar, mas isso soa com influencias de algumas baladinhas no qual ela cantava.
Por fim abrindo a parte “brasileira” temos “Girl From Rio“, o single que mistura o clássico ‘Garota de Ipanema‘ com um pouco de trap, abre de ótima forma após sua sucessora e logo depois dela vem “Faking Love” com Saweetie, talvez um dos singles mais fracos do disco, ela se encaixa perfeitamente no conjunto como um todo, mas sozinha não soa tão bem assim.
No álbum também se apresenta o tão comentado feat com Mr. Catra em “Que Rabão” que ainda conta com Papatinho, YG e MC Kevin O Chris. Aqui ela mostra um finl 150 bpm que por mais que seja a única em português ou o grande funk, soa a mais fraca e desconexa do projeto inteiro, talvez o som tão marcante de 2019, não chame tanta atenção assim em 2022.
E encerrando o trabalho, temos “Love me, Love me”, acompanhada de uma nova baladinha, Anitta canta de forma suave em uma batida linear, mas que não necessita de uma grande explosão ou um refrão marcante, é a cantora mostrando que mesmo sendo o agito da festa, no final ela ainda é a calmaria.
No mais, a cantora apresenta um álbum que em partes surpreende e em outras não, talvez todo o drama apresentado em relação a capa, gravadora, etc atrapalhe quem ainda queria o tão comentado disco “Girl From Rio”, mas ainda aqui ela consegue mostrar a que veio e redefine o gênero urbano com a pitada brasileira que só ela poderia dar.