A mãe de Larissa Manoela, Silvana Taques, virou alvo de investigação da Polícia Civil por intolerância religiosa. O inquérito foi aberto após a Comissão de Combate a Intolerância Religiosa apresentar uma notícia-crime à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) com base em uma mensagem enviada por ela à filha.
Em um print de uma conversa vazada, Silvana usa termos ofensivos à religiões de matriz africana. “Esqueci de te desejar… que você tenha um ótimo natal aí com todos os guias dessa família macumbeira. kkkkkk”, escreveu ela como resposta a uma mensagem de Feliz Natal de Larissa. A família à qual ela se refere é a de André Frambach, atual noivo da atriz.
O advogado Carlos Nicodemos contou, em entrevista ao Metrópoles, que a ação contra Silvana considera que fala “viola o artigo 20 da lei 7.716/89, que é um crime de discriminação religiosa”. Ele explica ainda que agora a ex-empresária vai ser investigada sobre “contexto, circunstâncias e forma” que usou a “frase discriminatória”.
“As pessoas que ocupam uma função pública têm uma responsabilidade dobrada em cima daquilo que afirmam, inclusive publicamente, porque isso repercute, reverbera, influencia e cria um ambiente falso de tolerância. No caso que estamos falando aqui, não se permite não só por previsão legal, mas também por orientação da própria lógica do Estado Democrático de Direito”, explica o advogado. “O Estado brasileiro vive um momento em que formulou um conjunto de medidas normativas e políticas públicas de enfrentamento à intolerância religiosa. Não se permite mais nenhum tipo de intolerância, banalização, coisificação e discriminações que atentam contra uma religião.”, acrescentou.