Tocalivros lança “Treze Lendas dos Mythos de Cthulhu”, com os famosos contos de terror de H. P. Lovecraft

Criaturas demoníacas, grotescas, quiméricas e monstruosas são o que não faltam no audiolivro “Treze lendas dos mythos de Cthulhu“, novo lançamento da Tocalivros que aposta nos contos de terror do renomado escritor H.P. Lovecraft.

A coletânea traz histórias em sua maioria consagradas pelo público – como “A Cidade sem Nome”, “Os Gatos de Ulthar”, “O Cão” -, mas tem seu principal foco na entidade cósmica Cthulhu, criada e apresentada pelo autor em 1928 no conto “O Chamado de Cthulhu.”

Para o audiolivro chegar em sua excelência, ambientar corretamente a história era tão importante quanto narrá-la e, por isso, os textos e o próprio autor foram submetidos a um minucioso estudo prévio ao trabalho de produção, narração e foley, com o uso de tábuas, alguns canos de metal, areia, uma taça de cristal com água para reprodução de sons, balde e esponjas. 

Equipe conta como produziu áudiolivro de Lovecraft

“Gravamos e interpretamos simulações de vozes em sofrimento das almas amaldiçoadas. Nessa obra tivemos a oportunidade de misturar sons captados a partir de objetos com vozes para criar um clima de tensão e horror”, conta Thiago Nalin, um dos responsáveis pela sonoplastia. 

Para a experiência ser a mais realista possível, tanto a narração, a trilha sonora, e as ambientações foram criadas misturando trilhas e sons gravados nos estúdios da Tocalivros. “Em ‘Cidade Sem Nome’ por exemplo, temos o mesmo foley com areia aplicado tanto ao personagem se arrastando quanto a uma porta de ferro fechando. A maior parte da sonoplastia gravada foi utilizada principalmente para incrementar o ambiente de terror cósmico descrito pelo Lovecraft”, acrescenta Thiago.

Segundo a pré-produção do audiolivro, trabalhos realizados anteriormente pela produtora como Poe e Blackwood, foram fonte de inspiração para a produção de Lovecraft.  “Anteriormente trabalhamos com o grande escritor de terror, Poe, e uma série de Blackwood, que o próprio Lovecraft se inspirou. Isso contribui na hora de estudar a obra. O que eles têm em comum, apesar de escreverem diferentes tipos de horror, é o pé no gênero fantástico. Pensamos no gênero fantástico como na contramão do modernismo; isso é perceptível na obra de Lovecraft, tanto na escrita quanto no conteúdo. Há um grande resgate da escrita do século XIX e dos valores da época”, comenta Tainara Severo, responsável pela pré-produção do audiolivro.

Para o editor Fabio Uehara, “os trabalhos anteriores realizados pela Tocalivros contribuíram para chegar em uma qualidade técnica perfeita”. Ele tem razão.

Treze Lendas dos Mythos de Cthulhu promete ser uma experiência intensa e arrepiante, capaz de prender a atenção do ouvinte e deixá-lo com frio na barriga.

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