Bridgerton | Entenda as diferenças entre a série e o segundo livro de Julia Quinn

A 2ª temporada foi uma adaptação do livro "O Visconde que Me Amava".

Bridgerton
Reprodução/Interent

Os novos episódios de “Bridgerton” chegaram na Netflix na última sexta-feira (25) e com um dia de estreia já ocupa o primeiro lugar dos mais assistidos na plataforma. A trama é baseada na série de livros da autora Julia Quinn, em que a obra “O Visconde que Me Amava” é adaptada.

Confira a nossa crítica da 2ª temporada de Bridgerton!

A famosa saga dos Bridgertons são obras de romance famosas, que foram esperadas por muito tempo pelos fãs. Na primeira temporada, a adaptação deixou os fãs chocados com a quantidade de referências e eixos fiéis aos livros. Mesmo com notáveis diferenças, ela foi bem aceita entre o público e se tornou um dos maiores sucessos da plataforma.

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A segunda temporada é focada no Visconde Anthony Bridgerton (Jonathan Bailey) que vive um romance junto com Kate Sharma (Simone Ashley). A trama mostra as responsabilidades do filho mais velho, em meio a suas questões pessoais enquanto conhece mais a fundo Kate, que a princípio não é uma opção para ele. Ambos vivem uma estética da literatura chamada “enemies to lovers”, em que “inimigos” se apaixonam.

Mary Sharma (Shelley Conne Edwina Sharma (Charithra Chandran) também integram os novos personagens do segundo ano da série, que desempenharam importantes papéis na nova temporada de casamentos da sociedade londrina.

Quanto a segunda adaptação, há algumas notáveis diferenças no enredo, principalmente no que se refere a sucessão de acontecimentos. Pelas prévias e imagens, é possível perceber que algumas cenas são bem fidedignas às descritas no livro, no entanto, a maneira em que são colocadas no enredo, pode diferir da história original.

ATENÇÃO SPOILERS DA SEGUNDA TEMPORADA!

Na série há uma nova criação, não existente nos livros, a própria Rainha que desempenha um importante papel na história. Dessa forma, o diamante da temporada não existe, foi uma invenção do enredo para deixar a trama mais interessante, apesar disso, no livro Edwina também ganha um grande destaque na temporada.

A personagem tem uma personalidade diferente, ela ouve os conselhos de sua irmã e os acolhe, mas tem uma opinião forte e não é tão submissa a Kate. A relação das duas é detalhada no livro com uma grande parceria, onde ambas confiam seus segredos e em nenhum momento apresentam aquela briga da série ou uma falta de lealdade entre a irmandade.

A relação de Kate e Anthony também é diferente no livro, principalmente porque a cena da abelha é o ponta-pé inicial para o casamento dos dois. Eles são flagrados em uma situação constrangedora e se casam, a princípio ele não a ama, mas aos poucos ele admite esse sentimento, dando o nome da obra (O Visconde que Me Amava).

Na série existe uma grande revelação em que Penelope é descoberta como a Lady Whistledown pela Eloise. Além disso não acontecer no segundo livro, em nenhum momento a amizade das duas tem esse rompimento, na verdade no enredo da obra literária não é apresentado ao leitor que Pen é a famosa autora. Essa escolha na série foi considerada arriscada, mas os fãs estão ansiosos pelo seu desenvolvimento.

Mais uma das surpresas da adaptação envolve Portia e o novo Primo Jack, um arco do qual não é apresentado no segundo livro. Além de movimentar a série, a história deixa um plot twist envolvente e mesmo que não seja fiel aos livros, deixou a trama mais divertida.

O personagem Colin Bridgerton se torna essencial na história de Will, figura criada apenas para a série. Por conta disso, não há nos livros a cena em que Colin protege a família Featherington do primo enganador e ajuda o bar do ex-lutador. De certa forma, esse gancho promete ser promissor nas próximas temporadas.

Sabe-se que dificilmente adaptações são fieis ao seu enrede literário, isso se deve por uma série de fatores compreensíveis como o próprio formato da obra em si. Mesmo assim, a segunda temporada é um privilégio para aqueles que tanto aguardaram, é fervorosa, intensa e mostra uma nova percepção de uma história já conhecida.