A cantora, compositora e dançarina Priscila Nogueira, artisticamente conhecida como Pepita, conquistou reconhecimento como uma das pioneiras no funk trans no Brasil. Com um forte engajamento no ativismo LGBTQIAPN+, a artista carioca de 40 anos relembrou sua infância, sua transição na adolescência e os inúmeros desafios enfrentados devido à transfobia.
Durante uma entrevista ao podcast da ‘Pague Menos‘ da última quinta-feira (12/07), a cantora compartilhou que adotou seu nome artístico quando recebeu seu primeiro convite para dançar e descobriu que o nome tinha o significado de uma pedra preciosa. Desde então, decidiu mantê-lo como uma representação simbólica de sua própria valorização e singularidade.
A artista relembrou que, em um episódio, ao frequentar um banheiro feminino, passou por um episódio de transfobia. “Foi o tempo de entrar no banheiro e ao me posicionar para lavar a mão e levantar o meu rosto já tinha um policial. Uma mulher o chamou e disse que tinha um homem dentro do local. Na hora, eu não estava entendendo a forma como ele falava comigo. Disse que eu era homem e o meu banheiro estava ao lado, além de afirmar que só não me dava uns tapas por respeito a mulher ao lado“, disse a cantora. E a agressão continuou: “Mas se você quiser, nós vamos lá para fora e resolvemos, de homem para homem“.
Pepita comenta sobre sua vida pessoal
Com uma base de mais de 2 milhões de seguidores nas redes sociais, a artista relembrou a conexão especial que sempre teve com sua mãe, uma figura maternal e amiga. A cantora compartilhou histórias de como sua mãe foi uma defensora incansável em meio a todas as adversidades, inclusive auxiliando-a na compra do seu primeiro sutiã. No entanto, a cantora também abordou a relação conflituosa com seu padrasto, que, infelizmente, não nutria simpatia por ela e chegou ao extremo de expulsá-la de casa.
“O filho não pede para nascer. E você que tem filho LGBTQIA+ saiba que a gente não pediu para nascer e ser amado. Mas peço respeito, pois eu te respeito“, afirmou a famosa cantora.