“Me sinto tão gostosa quanto Gracyanne”, diz Jojo Todynho sobre autoestima durante entrevista
A funkeira e apresentadora Jojo Todynho ainda falou ainda sobre sexualidade e racismo em sua entrevista para Mariana Goldfarb.
Jojo Todynho participou do último episódio desta temporada do podcast de Mariana Goldfarb, “C/Alma“, que foi lançado durante a última segunda-feira (19/12). A cantora e apresentadora lamentou sobre a rivalidade feminina, se comparando a musa fitness Gracyanne Barbosa, esposa do cantor Belo.
“O que me frustra é [a crítica] partir do sexo feminino, igual quando falam ‘Jojo tem tanto dinheiro e não faz uma bariátrica’. Há tempo para tudo na vida. Este não é o momento. Eu tenho dinheiro, mas eu vou embora e tudo isso vai ficar. Vou deixar de ser feliz, deixar de aproveitar para me caber numa estética que não existe? Não existe só mulher que veste 36 e 38. Parem com isso. Quando estou do lado da Gracyanne, minha musa, me sinto tão gostosa quanto ela. Sou fã e a admiro. Se não tiver união, a gente vai sofrer até ganhar um pouco a mais e a sociedade entender que ela nos deve respeito“, disse a vencedora de “A Fazenda 12“.
Com seu recém-divórcio do militar Lucas Souza, a famosa ainda comentou sobre sua vida sexual e como é comparada a homens no tratamento com seus ficantes. “Um amigo falava que eu tenho tesão de homem. Eu levava na brincadeira, ria, mas um dia eu perguntei para ele o porquê. Eu não jogo ninguém fora, só entendi que eu quero gozar e ser feliz. Mas foi porque eu fiquei com o amigo dele. Ele estava na balada, o vi com o garoto e falei ‘Eu quero ele, manda ele vir para cá [casa dela] agora’. Já eram três da manhã. O menino foi, o pau quebrou. Falei para ele ‘está feliz? Agora, tchau. Quero dormir sozinha na minha cama, em paz’. Ele foi embora e foi uma perturbação, falou pro cara ‘Ela me tratou igual pano’. Falei para ele ‘Amor, não pego mais de duas vezes a mesma pessoa, eu não tenho agenda'”, contou a apresentadora.
Jojo Todynho comenta sobre racismo durante entrevista
Ainda na entrevista, a funkeira fez uma reflexão sobre o racismo, reforçando que tem passado por aulas sobre questões raciais para fundamentas seus discursos: “Ser milionária não te isenta de sofrer racismo. Eu não sou militante porque eu não sei, mas estou aprendendo“.
“Nós, pretos, não temos o direito de errar. Quando a gente é preto, tem que ser duas vezes melhor. As pessoas botam a mulher como reativa, raivosa, favelada, barraqueira… que eu seja barraqueira, mas falando tudo na cara, não deixando de me expressar. Sou favelada, mas vou me posicionar e falar o que eu sinto. Ninguém vai me calar. Quero estudar para falar com propriedade e certeza. Você nunca sofreu? Mas tem o dever de aprender, não replicar mais e ter respeito pelos outros“, finalizou a apresentadora em sua explicação.