Isis Valverde interpretará Ângela Diniz em longa-metragem sobre vida da socialite

A atriz Isis Valverde anunciou em suas redes sociais que interpretará Ângela Diniz em filme biográfico sobre história da socialite

Isis Valverde viverá Ângela Diniz em filme
Isis Valverde viverá Ângela Diniz em filme – foto: Reprodução / YouTube / Instagram

Isis Valverde usou seu perfil do Instagram nesta quinta-feira (15/09) para anunciar aos seus seguidores e fãs que viverá a socialite e atriz Ângela Diniz em um novo longa-metragem. A socialite foi assassinada em dezembro de 1976 pelo seu companheiro na época, Raul Fernando do Amaral Street.

“Feminicídio foi qualificado como crime em 2015 apenas. Mas isso não quer dizer que antes mulheres não eram assassinadas pelo fato de serem mulheres. Um dos casos mais emblemáticos de feminicídio aconteceu quando esse nome ainda nem era cogitado, em dezembro de 1976, A vítima, Ângela Diniz, foi morta por seu companheiro, Doca Street. Foram necessários dois julgamentos para que ele fosse considerado culpado. O resultado do primeiro julgamento foi que ele era inocente e tinha agido para defender a própria honra”, afirmou a atriz na legenda de sua postagem para a rede social.

“Os argumentos não mudam muito, mesmo 45 anos depois. Se somos agredidas ou mortas, sempre querem nos culpar: nós, as vítimas. Ou estamos com roupa decotada, ou justa, ou curta, ou andando em um lugar deserto, ou estamos na rua tarde da noite… Mas a verdade é que nada disso é justificava. Não é hoje, não era na época que Ângela Diniz foi assassinada e nunca será. E é justamente nesse novo projeto que iremos trazer a tona todas essas questões, um filme sobre a vida de Ângela Diniz, filmado ainda este ano. Já mergulhada na história dela, fica sempre a reflexão: até quando vão querer nos vilanizar, até quando seremos nós as vítimas destas histórias?”, continuou a artista.

Isis Valverde interpretará Ângela Diniz nos cinemas

Ângela foi uma socialite brasileira assassinada em uma casa na Praia dos Ossos, em Armação dos Búzios, no estado do Rio de Janeiro, pelo seu companheiro, Raul Fernando do Amaral Street, conhecido como “Doca Street”.

O julgamento de Doca Street foi amplamente divulgado pela mídia e teve como foco a moral sexual feminina. O assassino foi condenado a dois anos de prisão com sursis e imediatamente solto. A decisão judicial gerou um amplo movimento de protesto feminista, sob o lema “quem ama não mata”, ocasionando um novo julgamento, quando Doca Street foi condenado a quinze anos de prisão. O evento é considerado um marco na história do feminismo no país.