Brendan Fraser não irá ao Globo de Ouro após acusações de assédio sexual contra ex-presidente do evento
Brendan Fraser disse ter sofrido agressão sexual há quase 20 anos.
Brendan Fraser não comparecerá ao Globo de Ouro, mesmo que receba uma indicação de ator por sua tão comentada atuação em “A Baleia“. O astro conversou com a revista GQ sobre sua atuação e comentou da sua ausência na próxima edição do evento, que acontecerá em janeiro de 2023.
Fraser, de 53 anos, disse que “não participará”. “Tenho mais história com a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood do que respeito pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood“, acrescentou, citando a organização sem fins lucrativos que vota no Globo de Ouro. “É por causa da história que tenho com eles. E minha mãe não criou um hipócrita. Você pode me chamar de muitas coisas, mas não disso”, disse Fraser.
A estrela de “A Múmia” afirmou que o ex-presidente da HFPA, Philip Berk, o agrediu sexualmente no verão de 2003, durante um almoço no Beverly Hills Hotel – um suposto incidente que Berk, de 89 anos, contesta. Brendan disse acreditar que foi colocado na lista negra de Hollywood em parte devido às consequências do suposto incidente. Segundo o ator, a agressão aconteceu quando Berk estendeu a mão para apertar a mão dele ao sair do hotel. “Sua mão esquerda se estende, agarra minha nádega e um de seus dedos me toca no meio. E ele começa a movê-la“, afirmou Fraser à GQ em 2018.
Brendan Frase “se sentiu mal” com o incidente
O suposto incidente deixou o artista dominado pelo pânico e pelo medo. “Eu me senti mal”, disse ele na época, relembrando suas emoções depois de remover a mão de Berk. “Eu me senti como uma criança. Eu senti como se tivesse uma bola na minha garganta. Eu pensei que fosse chorar. Eu senti como se alguém tivesse jogado tinta invisível em mim.” Berk não respondeu anteriormente ao pedido da PEOPLE para comentar sobre o suposto incidente, mas negou que o ataque tenha acontecido ao The New York Times.
“A versão do Sr. Fraser é uma invenção total”, disse ele também em um comunicado à GQ, reconhecendo que escreveu uma carta a Fraser sobre o suposto incidente. “Meu pedido de desculpas não admitiu nenhum delito, o usual ‘Se eu fiz algo que chateou o Sr. Fraser, não foi intencional e peço desculpas.’ “ O HFPA expulsou o membro de longa data da organização em abril de 2021, depois que ele enviou um e-mail a seus colegas chamando o movimento Black Lives Matter de “movimento de ódio racista” e criticando o cofundador do BLM, Patrisse Cullors, por comprar uma casa em Topanga Canyon, Califórnia. O ex-membro nascido na África do Sul fazia parte da organização há 44 anos e já cumpriu oito mandatos como presidente.