Ator com câncer no cérebro desabafa ao perder a memória: “Estou lutando”

O ator australiano de 34 anos, Johnny Ruffo, fez um relato emocionante ao desabafar sobre seu diagnóstico de câncer no cérebro e revelar ter perdido a memória em razão da doença. Em entrevista ao programa The Project, ele ainda disse que ficou com dificuldades para falar.

“Muito disso você não se lembra porque passa por um trauma, especialmente com o câncer no cérebro. Minha memória não é nada do que costumava ser, então eu esqueço muitas coisas… [Escrever] traz coisas à tona, sejam lembranças felizes ou tristes“. Com um prognóstico terminal, Johnny ainda admitiu ter achado a luta contra o câncer “muito difícil”. “Eu senti que estava apenas chutando gols e não podia errar. E então, de repente, eu bati em uma parede de tijolos e tudo desabou sobre mim e o mundo inteiro veio abaixo“.

“Mas sou muito grato por ter essa incrível rede de apoio por perto. Tahnee [Sims, sua namorada] sendo uma delas. Essas pessoas ao seu redor são as que me mantêm em movimento. Em algum momento isso vai me pegar, mas ainda estou lutando. Ainda chutando. Analisando meu diagnóstico e meu tumor, a expectativa média de vida era de três anos, e para mim já se passaram cinco anos. Já estou ganhando. Meu objetivo agora é tentar ajudar o maior número de pessoas possível e também viver uma vida feliz“, disse.

Johnny Ruffo passou por cirurgia em 2017

Após sentir enxaqueca, em 2017, Ruffo decidiu ir ao hospital e precisou passar por uma cirurgia e removeu um tumor cerebral de 7 centímetros. Para o tratamento, ele ainda realizou radioterapia e quimioterapia. Já em 2019, o artista contou que estava em remissão do câncer.

Em novembro de 2020, no entanto, Johnny revelou aos fãs que a doença havia voltado e tem compartilhado sua rotina de tratamentos desde então. Protagonista da série australiana “Home and Away” decidiu contar sua história em um livro. Falando sobre o que planeja fazer com seu tempo restante, Ruffo disse que “ainda tem tantas coisas que quero alcançar e que quero fazer na vida”. Ele revelou que nomear o livro No Finish Line significava que “não era o fim”.