Cientistas se inspiram em Star Wars e criam pele artificial capaz de sentir

Nos momentos finais de 'O Império Contra-Ataca', Luke é equipado com uma mão robótica que serve exatamente como uma mão orgânica comum.

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Cientistas de Cingapura fizeram enormes avanços científicos, encontrados apenas em uma galáxia muito, muito distante.

Um novo relatório publicado pela Reuters na segunda-feira (03) detalha um novo dispositivo chamado ACES, que significa Pele Eletrônica Codificada Assíncrona. Pesquisadores da Universidade Nacional de Cingapura criaram o material, que – em sua forma atual – inclui 100 sensores e tem apenas um centímetro quadrado de tamanho.

Segundo o pesquisador principal Benjamin Tee, o ACES pode processar detalhes mais rapidamente do que o sistema nervoso humano, reconhecendo dezenas de texturas e a capacidade de ler braille com mais de 90% de precisão. O fim do jogo, dizem os pesquisadores, é criar pele artificial para pessoas com membros protéticos para detectar objetos, texturas, temperaturas e até mesmo dores.

“Portanto, os seres humanos precisam deslizar para sentir a textura, mas, neste caso, a pele, com apenas um toque, é capaz de detectar texturas de rugosidade diferente”, diz Tee. O pesquisador acrescentou que há também um componente de inteligência artificial envolvido que permite que a pele “eletrônica” aprenda rapidamente.

“Quando você perde o senso de toque, fica essencialmente insensível… e os usuários de próteses enfrentam esse problema”, acrescenta o cientista. “Portanto, ao recriar uma versão artificial da pele, para os dispositivos protéticos, eles podem segurar a mão e sentir o calor e sentir que é macio, quão duro eles estão segurando a mão.”

Tee atribui diretamente a inspiração para a tecnologia a um momento em Star Wars: O Império Contra-Ataca, quando Luke Skywalker (Mark Hamill) teve sua mão removida em uma luta com Darth Vader. Nos momentos finais do filme, Luke é equipado com uma mão robótica que serve exatamente como uma mão orgânica comum.

O grupo também registrou patentes para a pele transparente, capaz de se reparar em caso de rasgamento e de um material que pode emitir luz.

Paulo Cesar Góis, tradutor e redator. Foi introduzido por Harry Potter no mundo nerd. Desde então devorou de Duna a Sandman, e usa a fantasia e a ficção científica para tornar o universo um pouco mais mágico.