
O lançamento oficial de Call of Duty: Modern Warfare III na sexta-feira (10) gerou críticas devido à sua campanha curta e à semelhança de conteúdo com seu antecessor. De acordo com informações da Bloomberg, a existência do jogo no estado atual é quase um milagre, pois a Sledgehammer teve menos de um ano e meio para desenvolvê-lo totalmente, o que representa metade do tempo geralmente dedicado a um novo capítulo da série Call of Duty.
Segundo relatos, a Sledgehammer trabalhou sob grande pressão devido à necessidade de preencher o vazio deixado por outro projeto da franquia que foi adiado. A gerência da Activision inicialmente vendeu a ideia de que Call of Duty: Modern Warfare III seria apenas um DLC, para depois revelar que seria um jogo completo. A equipe trabalhou intensamente, abrindo mão de noites e fins de semana para cumprir os prazos.
Muitos membros da Sledgehammer sentem-se traídos pela gerência do estúdio, que havia prometido que o desenvolvimento do próximo projeto não seria tão estressante quanto o anterior. O jogo também foi prejudicado por mudanças na história, com a gerência da Activision decidindo conectá-lo ao vilão Vladimir Makarov.
Desenvolvedores expressaram frustração por terem que compartilhar conteúdos com executivos da Infinity Ward, o estúdio normalmente responsável pela série Modern Warfare. Essa colaboração tornou o desenvolvimento menos eficiente, já que vários processos ficavam paralisados aguardando feedback.
Embora uma má recepção a Modern Warfare III não deva afetar as vendas da série imediatamente, analistas sugerem que se os próximos capítulos seguirem o mesmo caminho, isso poderia levar a Microsoft a reconsiderar o ritmo anual de lançamentos da franquia, priorizando a qualidade em detrimento da quantidade.