Snapchat para de promover conta de Trump por incitar “violência racial e injustiça”

A campanha do presidente dos EUA acusou o CEO da empresa, o bilionário Evan Spiegel, de ser um "radical de extrema-esquerda". 

A Snap, empresa controladora do aplicativo social Snapchat, disse que a conta de Donald Trump não está mais sendo promovida em sua plataforma de mídia Discover. A empresa citou os comentários de Trump sobre “violência racial e injustiça” para a decisão.

A conta do Snapchat de Trump permanece pública, disponível para qualquer usuário que a assine ou a pesquise. Mas a Snap parou de apresentar as postagens do presidente no Discover, como era feito anteriormente, um movimento motivado por postagens inflamatórias que Trump fez no Twitter e no Facebook.

“No momento, não estamos promovendo o conteúdo do presidente na plataforma Discover do Snapchat”, disse uma porta-voz do Snap. “Não ampliaremos vozes que incitam à violência e injustiça raciais, oferecendo-lhes promoção gratuita no Discover. A violência racial e a injustiça não têm lugar em nossa sociedade e estamos juntos a todos que buscam paz, amor, igualdade e justiça na América.”

Trump tem mais de 1,5 milhão de seguidores no Snapchat, de acordo com um relatório da Bloomberg no mês passado. Ao contrário de outras plataformas sociais, o Snapchat não publica número de seguidores. Nos EUA, Snap afirma que o aplicativo alcançou 90% de todas as pessoas de 13 a 24 anos e 75% das que estão na faixa etária de 13 a 34 anos.

Em resposta, Brad Parscale, gerente da campanha de re-eleição de Trump, reclamou que “o Snapchat está tentando fraudar a eleição de 2020” e acusou Snap de “supressão de eleitores”. Ele também acusou o CEO da empresa, o bilionário Evan Spiegel, de ser um “radical de extrema-esquerda”.

Paulo Cesar Góis, tradutor e redator. Foi introduzido por Harry Potter no mundo nerd. Desde então devorou de Duna a Sandman, e usa a fantasia e a ficção científica para tornar o universo um pouco mais mágico.