Shakira teria fraudado R$ 96 milhões em impostos, afirma Receita

Vale lembrar que em dezembro de 2018, o Ministério Público apresentou uma queixa contra a cantora e seu assessor fiscal nos Estados Unidos

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Segundo a Agência Tributária (receita federal) da Espanha, em um novo relatório encaminhado à justiça do país no qual ratifica que a cantora Shakira fraudou 14,5 milhões de euros (US$ 17,4 milhões, o equivalente a mais de R$ 96 milhões) em impostos entre 2012 e 2014 ao fingir que não residia na Espanha e esconder sua renda através de uma rede de empresas.

Segundo informaram na quarta-feira, 21, à Agência Efe fontes jurídicas, os técnicos da Receita espanhola que analisaram o caso refutaram em seu relatório adicional os argumentos da defesa da colombiana de que sua agenda de shows e apresentações na televisão provariam que ela ficou menos de 184 dias na Espanha em um ano e, portanto, não teria obrigação de pagar impostos no país.

Com esta situação, chefe do Tribunal de Instrução número 2 de Esplugues de Llobregat, em Barcelona, convocou para 8 de julho depoimentos dos técnicos da Receita e de especialistas da defesa da cantora para expor argumentos sobre as obrigações fiscais de Shakira, conforme antecipado pelo jornal espanhol El Periódico de Catalunya.

Em janeiro do ano passado, dois fiscais da Agência Tributária já haviam prestado depoimento a um juiz e confirmado que a artista teria cometido evasão fiscal entre os anos de 2012 e 2014.

Vale lembrar que em dezembro de 2018, o Ministério Público apresentou uma queixa contra a cantora e seu assessor fiscal nos Estados Unidos, acusando-os de seis crimes contra a Receita por terem elaborado um “plano” para não pagar nem o imposto de renda, nem o patrimonial, utilizando uma rede de empresas sediadas em paraísos fiscais que formalmente recebiam o que Shakira arrecadava.

O Ministério Público argumentou que a cantora “canalizou os movimentos de capital gerados com sua atividade profissional” – suas apresentações ou participação no programa de TV americano The Voice ou a comercialização de perfumes com seu nome – através de empresas sediadas em Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Cayman, Malta, Panamá e Luxemburgo.

Fundador, formado em Publicidade e Propaganda, paulista e, enquanto não consegue ir para Marte, acredita que um dia teremos respostas sobre as origens dos Aliens. E-mail: [email protected]